PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM
PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

sexta-feira, 9 de março de 2012

LAN espera completar fusão com TAM até maio

'Entre o fim de abril e o início de maio, esperamos a conclusão da operação', indicou gerente-geral da LAN em declarações à imprensa após um evento da companhia aérea.

Avião da LAN

Em janeiro, as duas empresas consideraram que as sinergias derivadas da fusão lhes permitiria melhorar seu resultado operacional entre US$ 600 e US$ 700 milhões

Santiago do Chile - A companhia aérea LAN espera concretizar em abril ou maio a troca de ações que selará a fusão com a brasileira TAM, anunciou nesta quarta-feira Ignacio Cueto, gerente-geral da empresa chilena.

'Entre o fim de abril e o início de maio, esperamos a conclusão da operação', indicou Cueto em declarações à imprensa após um evento da companhia aérea.

A fusão, já autorizada pelos organismos reguladores do Brasil e do Chile, criará a Latam, a maior linha aérea da América Latina e uma das dez maiores do mundo, com um valor de mercado de US$ 12,14 bilhões.

Cueto fixou para o início de abril a abertura da OPA (Oferta Pública de Aquisição de Ações) que precederá à integração das duas companhias aéreas, mas alertou que ainda estão à espera de trâmites pendentes no organismo controlador dos Estados Unidos e na Corte Suprema do Chile.

O máximo tribunal chileno deve se pronunciar sobre objeções apresentadas pela LAN contra três medidas de mitigação estabelecidas pelo Tribunal de Defesa da Livre Concorrência (TDLC) como condições para aprovar a fusão.

Em janeiro, as duas empresas consideraram que as sinergias derivadas da fusão lhes permitiria melhorar seu resultado operacional entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões.

A companhia chilena, que tem filiais na Argentina, Peru, Equador e Colômbia, tem atualmente um plano de ampliação de sua frota até 2014 - de 149 para 194 aviões - com um investimento de US$ 4,731 bilhões.

exame

Antonio Banderas tem a carteira roubada em aeroporto

Antonio Banderas tem a carteira roubada em aeroporto - Ag.News

O incidente aconteceu durante um tumulto com fãs no aeroporto de Budapeste


Antonio Banderas foi assediado pelos fãs quando chegou ao aeroporto Franz Litzt, em Budapeste, na Hungria, no início desta semana e, após entrar em seu carro, descobriu que sua carteira havia desaparecido.

De acordo com o jornal austríaco, The Times, a polícia local acredita que ladrões se aproveitaram do caos da multidão para roubar o ator. Não está claro quanto dinheiro foi roubado ainda, nem se documentos importantes foram também furtados.

Antonio não é a única celebridade alvo de ladrões recentemente. Em setembro, John Travolta teve seu Mercedes vintage roubado quando ele visitou uma concessionária de Jaguar, em Santa Monica.

O veículo de 1970 foi parcialmente recuperado em janeiro, após policiais encontrarem "partes".

"Ele não foi recuperado na totalidade. Foi em partes. Temos inúmeras peças recuperadas, mas não o carro inteiro”, revelou o sargento Richard Lewis, que estava investigando o roubo.

Falando no ano passado, John - que é também um piloto qualificado - admitiu que estava contente por seu jato particular não ter sido roubado no lugar.

"Eu estava procurando por Jaguares e deixei meu carro estacionado ao lado. Em 8 a 10 minutos mais tarde, meu carro tinha desaparecido. E é como aquele filme 'Gone in 60 Seconds', como alguém pode explicar isso? Mas pelo menos não foi meu avião, embora isso pode ser mais fácil de ser localizado", brincou o galã.

o fuxico

Saiba como é a vida de uma comandante de avião

Foto: Divulgação / TAM

"Se tiver de escolher entre ser comandante ou mãe, prefiro ser comandante", diz Karina Buchalla

Apaixonada por aviação desde criança, Karina Buchalla sempre soube que queria viver nas alturas. Mas para chegar a ser comandante em uma grande companhia aérea, foi necessária boa dose de perseverança. Aos 32 anos, Karina conta que teve de vencer preconceitos no início de sua carreira para conquistar seu espaço na aviação.

“Já sofri muito preconceito em companhias menores. Demorei muito para conseguir emprego, trabalhava de graça em aviações pequenas porque ninguém queria me dar emprego”, diz Karina. “Algumas empresas menores não aceitavam mulheres com medo de que poderiam engravidar, por exemplo.”

SAIBA MAIS: Participação feminina cresce na aviação brasileira

Mas desistir não estava nos planos de Karina, que cresceu admirando a profissão do pai, hoje um comandante aposentado. “Desde pequena sempre me senti melhor dentro de avião que em qualquer outro lugar. Sabia que era isso que eu queria”, conta.

Ela começou na aviação quando tinha 16 anos, voando em aviões particulares e taxi aéreo. Já sua carreira comercial foi construída na TAM, empresa onde atua há quase dois anos como comandante em voos nacionais. Ao todo, Karina tem quase oito anos de TAM.

“Nunca tive nenhum caso de preconceito na TAM”, diz a comandante. “Às vezes você sente que é um pouco mais observada pelos próprios colegas por ser mulher”, afirma. “Mas sempre fui muito bem recebida, voei com muitos comandantes experientes que me ensinaram muita coisa. Depende da cabeça de cada um.”

Dos passageiros, ela conta que recebe mais elogios que críticas. “A maioria sai me cumprimentando. Alguns confessam no fim do voo: ‘entrei no avião com medo, mas gostei. Voo com mulher é mais cuidadoso’”, diz.

“Fico muito satisfeita quando o passageiro sai feliz da vida. O piloto é vaidoso, a gente gosta de fazer o melhor sempre. Um pouso suave faz bem para o ego”, conta a comandante.

Karina diz que nunca teve problema mais sério em voo, apenas alguns incidentes como turbulências mais fortes.

Pelo Brasil e pelo mundo

Antes de ser promovida a comandante, Karina foi copilota em voos nacionais e internacionais da companhia e voou Fokker-100, que tinha capacidade para 108 pessoas, além de Airbus modelos 319 (144 assentos), 320 (até 174 assentos) e 330 (até 213 assentos).

Enquanto era copilota de voos internacionais, Karina fez faculdade de aviação civil na Academia de Serviços da TAM, que oferece o curso em parceria com uma universidade. “A vida na internacional é um pouco mais tranquila, nessa época tinha uma vida mais social”, diz.

Como o piloto pode voar no máximo 85 horas por mês, ela conta que cerca de três viagens internacionais de ida e volta para Paris, por exemplo, já são suficientes para ficar próximo do limite. “Você tem um intervalo um pouco maior entre um voo e outro”, conta Karina.

De volta aos voos nacionais, agora como comandante, é preciso um pouco mais de jogo de cintura para conciliar vida pessoal com o trabalho. “Como as etapas são curtas, é mais cansativo. Você fica em geral seis dias voando de norte a sul do País, de Foz do Iguaçu a Manaus”, conta. Além disso, também é preciso dedicar tempo a cursos de aperfeiçoamento e exames.

Descanso e vida em família

O segredo para conseguir cumprir com as exigências da profissão, segundo Karina, é equilibrar bem as atividades. “Priorizo o descanso, alimentação adequada e procuro fazer academia, para estar com a saúde em dia e também para desestressar”, diz. “Pilotar é uma responsabilidade grande e por isso temos de estar bem descansados”, afirma. “Por isso também voamos sempre em dois, comandante e copiloto.”

Com uma profissão que exige tanta dedicação, Karina conta que ainda pensa como vai fazer para ter filhos. “Tem que ser uma coisa muito estruturada e planejada”, diz. “Eu não quero largar a carreira, de maneira nenhuma, sempre esteve em primeiro lugar. Se eu tiver de escolher entre ser comandante ou ser mãe, prefiro ser comandante”, afirma Karina, recém-casada com um comandante da TAM.

Nas conversas em família, é impossível escapar dos temas ligados à aviação. Além do pai e do marido, o irmão mais velho de Karina trabalha como copiloto. “Minha mãe já acostumou, não tem jeito. É muito gostoso, porque hoje a baixinha é toda orgulhosa de mim.”

ig

Aeroméxico anuncia acordo de code share com Avianca e Taca



As companhias assinaram um acordo comercial que permite a oferta de mais destinos na região da América Latina.

Avianca e Taca, companhias controladas pela AviancaTaca Holding S.A., anunciam a assinatura de um contrato comercial com a Aeroméxico, a companhia aérea do México no mundo, para explorar oportunidades de complementação das redes de rotas, o que representa um marco nas relações comerciais entre as empresas. Com o acordo, as companhias iniciam uma nova etapa que as permitirá oferecer a seus viajantes maiores opções de serviço, mais frequencias de voos, assim como um maior número de alternativas para viajar na região.

Os representantes das companhias aéreas trabalharão a partir de agora em uma agenda comum, visando estabelecer os mecanismos para o desenvolvimento do acordo de code share que será implementado por etapas. Além disso, as empresas explorarão o fortalecimento de sua aliança por meio da cooperação entre os programas de lealdade.

O início da operação em code share entre Avianca e Aeroméxico está previsto para o primeiro semestre de 2012, com benefícios para o mercado Colombia-México. No segundo semestre do ano, serão incluídas as rotas dos mercados da América do Sul, Central e México, através do code share com a Taca.

A execução dos acordos está sujeita às aprovações das autoridades aeronáuticas.

Benefícios para os viajantes da Avianca, Taca e Aeroméxico -Ao escolher voos em code share Avianca e/ou Taca – Aeroméxico, os passageiros se beneficiarão de maior agilidade no processo de viagem, com um único bilhete aéreo e apenas um ponto de contato até seu destino final, e também, em uma etapa posterior, o acúmulo e resgate de milhas para seus passageiros.

Perfil - Avianca e Taca, junto a outras companhias aéreas regionais, estão integradas através da companhia matriz AviancaTaca Holding S.A., e oferecem serviços aéreos em vários países da América Latina, Estados Unidos e Europa. Com uma moderna frota de mais de 150 aeronaves de curto, médio e longo alcance e uma equipe excepcional integrada por mais de 17 000 colaboradores, Avianca e Taca servem de forma direta mais de 100 destinos em 25 países, que conectam a mais de 750 destinos no mundo através de suas companhias aéreas parceiras ao redor do mundo. Com mais de 4 milhões de membros em seu programa de fidelidade, seu modelo de operações multi-hub oferece ao passageiro múltiplas opções de voos através de seus centros de operações em Bogotá, Colômbia, San Salvador, El Salvador, Lima, Peru e San José, na Costa Rica. O grupo de companias aéreas oferece ainda um vasto portfólio de produtos e serviços aeronáuticos, entre os quais se contam serviços aéreos de carga, correio, assistência aeronáutica especializada e planos turísticos. Depois de receber os mais prestigiosos reconhecimentos pelo rigor e qualidade de seus serviços em terra e ar, Avianca e Taca continuam trabalhando na busca e captura de sinergias para beneficiar seus clientes. [www.taca.com ou www.avianca.com].

O Grupo Aeroméxico, S.A.B. de C.V., é uma sociedade controladora, cujas subsidiárias dedicam-se à aviação comercial no México e à promoção de programas de fidelidade de passageiros. Ele conta com uma frota de aviões Boeing 777, 767, 737 e Embraer 145 e 190 de última geração. Este ano, anunciou um importante plano de expansão para adquirir 20 aviões nos próximos 24 meses.

O principal centro de operações (hub) do Grupo Aeroméxico está localizado no Terminal 2 do Aeroporto Internacional da Cidade do México. A empresa opera mais de 550 voos diários a distintas cidades do México, Estados Unidos, Canadá, América do Sul e Central, bem como para Europa e Ásia.

A Aeroméxico é membro fundador da aliança global SkyTeam, que inclui quinze empresas aéreas: Aeroflot, Air Europa, Air France, Alitalia, China Airlines, China Eastern, China Southern, CSA Czech Airlines, Delta Air Lines, KLM Royal Dutch Airlines, Kenya Airways, Korean Air, TAROM Romanian Air Transport e Vietnam Airlines. A SkyTeam oferece aos passageiros de cada uma das companhias aéreas parceiras uma extensa rede global com mais destinos, mais frequências e mais conectividade. Os passageiros podem acumular e resgatar milhas com os diferentes programas de fidelidade das empresas parceiras e têm acesso a 465 salas VIP em todo o mundo. A SkyTeam oferece aos seus 474 milhões de passageiros anuais mais de 14.000 voos diários a 926 destinos em 173 países. [ www.skyteam.com

portal brasil

TAM é condenada a pagar R$ 5 mil para passageiro que teve a bagagem extraviada


A juíza Maria de Fátima Pereira Jayne, titular da 20ª Vara Cível do Fórum Clóvis Beviláqua, determinou que a TAM Linhas Aéreas pague indenização moral de R$ 5 mil ao passageiro F.A.A.. Ele teve a bagagem extraviada durante voo entre Fortaleza e Curitiba.

O passageiro assegurou, nos autos, que no dia 8 de junho de 2007 embarcou no referido voo, mas, quando chegou, a bagagem não foi localizada. A vítima afirmou ter procurado solucionar o problema junto à companhia área, mas não obteve informação.

Ele registrou ocorrência no Relatório de Irregularidade de Bagagem (RIB) e, no dia seguinte, recebeu, no hotel onde estava hospedado, uma mala que não lhe pertencia. Além de devolvê-la, registrou queixa na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Ainda segundo F.A.A., somente no dia 9 de junho daquele ano, após formalizar queixa, a mala foi devolvida. Ele alegou que, por conta do problema, teve que comprar roupas, materiais de higiene pessoal e medicamento para hipertensão.

Objetivando reparação, ajuizou ação pedindo a condenação da empresa ao pagamento de indenização por danos morais e materiais. A TAM, na contestação, defendeu que atua com extrema responsabilidade ao transportar a bagagem dos passageiros e, quando ocorrer extravio ou violação, deve-se formalizar relatório (RIB).

Argumentou que, no caso de F.A.A, a mala foi restituída após período inferior a um dia, além de ter oferecido a quantia de R$ 100,00, que foi recusada. A empresa expôs também que os gastos realizados pelo cliente não podem ser qualificados como emergenciais, não havendo obrigação de reparar os danos materiais. Também argumentou que o caso se caracterizou como mero aborrecimento.

Na sentença, a juíza destacou que o fato de a TAM ter oferecido R$ 100,00 comprova reconhecimento da culpa pelo extravio da bagagem. A magistrada ressaltou que a responsabilidade civil do transportador aéreo tem natureza objetiva, sendo “suficiente apenas a comprovação do fato danoso ocorrido para gerar o dever do fornecedor de indenizá-lo material e moralmente.” A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico dessa quarta-feira (07/03).

Fonte: TJ/Ce

Avião espacial já está voando há um ano

O avião espacial secreto da aeronáutica americana, X-37B, fica mais misterioso a cada dia. Criado para ficar nove meses em órbita na Terra, a segunda cópia do avião, conhecido como Veículo Orbital de Teste 2, já está no espaço há um ano – e continua forte.

Existe apenas um problema. Nós ainda não sabemos exatamente para que o avião de quase 10 metros de comprimento está lá.

Desde que a nave foi lançada, em abril de 2010, a aeronáutica insistiu que o X-37 é um programa puramente científico. Mas analistas comentam que a nave espacial, que é lançada para o espaço como um foguete, mas retorna à Terra como um avião, é capaz de muito mais. Ela poderia ser um espião em órbita – em essência, um satélite mais manuseável. Ou poderia ser usada contra satélites inimigos.

Com um valor estimado em um bilhão de dólares (R$ 1,75 bi), a nave poderia até enviar suprimentos para Estação Espacial Internacional. Em outubro, o responsável pelo programa, Art Grantz, propôs construir um modelo ainda maior, o X-37C, que poderia carregar astronautas para a estação e preencher o espaço deixado pela NASA.

Apesar de improvável, o X-37B poderia funcionar até como bombardeiro orbital. “Você poderia colocar munições ali”, comenta Eric Sterner, analista do Instituto Marshall.

O último rumor foi de que o tempo estendido da nave em órbita é para realizar passagens próximas à Estação Espacial Chinesa, que está em órbita desde setembro, mas ainda sem astronautas a bordo. Alguns analistas comentam que o caminho do X-37 quase atravessa o da estação. Outros afirmam que ambos iriam se cruzar a uma velocidade milhares de metros por segundo, tornando a espionagem impossível. “Se os Estados Unidos realmente quisessem observar a estação de Tiangong, existem formas mais suficientes de fazer isso sem precisar do X-37B”, comenta Brian Weeden, da Fundação pela Segurança Mundial.

Alguns acreditam que o avião espacial vai criar uma nova linha de financiamento governamental, preservando-se mesmo enquanto outros sistemas espaciais são desativados. A aeronáutica está dando um grande incentivo para que os cortes de orçamento não sejam tão fundos. A eficiência do X-37 mostra que sua performance foi muito além do antecipado. [GizModo]

hypersience


Pistas de voo no Piauí são usadas até para vaquejada, alerta comandante

Em entrevista no Jornal Cidade Verde desta quinta-feira (8), o comandante Raimundo Neiva alertou para problemas da aviação piauiense que dificultam o trabalho de pilotos no Estado. Segundo ele, menos de um quarto das pistas do Piauí não são homologadas, mas os problemas mais graves seriam a falta de pontos de abastecimento e pistas com balizamento noturno. Até vaquejada já teria acontecido em local que deveria ser reservado apenas para pouso e decolagem de aeronaves.

Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

O assunto voltou a ser destaque após a tragédia da última terça-feira (6) no Sul do Piauí, na qual três pessoas morreram após a queda de um monomotor, entre elas o ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas Xavier Neto.

Com 36 anos de aviação e 10.500 horas de voo, o comandante conta que o Piauí possui entre 100 e 110 pistas, sendo dois aeroportos (Teresina e Parnaíba) e o restante aeródromos. De todo esse número, apenas 24 possuem homologação. São 18 pistas privadas e seis públicas.

As pistas não homologadas não possuem plano de voo aceito pela aviação brasileira, o que dificulta a procura por uma aeronave em caso de acidente. Além disso, o seguro não cobre em caso de acidentes.


No entanto, para o comandante, existem outros problemas que seriam mais graves que a falta de registro. "Essas pistas não homologadas em alguns casos podem até ser melhores que as pistas homologadas. Entretanto, é vedada a sua utilização por algum impedimento técnico ou burocrático", explica.

Animais na pista ou o uso para fins diversos podem representar risco em aeródromos. De acordo com Raimundo Neiva, trânsito de carros, utilização como pista de corrida e até vaquejadas são atividades já realizadas em aeródromos do Piauí.

Outro problema é a falta de postos de abastecimento - apenas em Teresina, Parnaíba e uma pista particular. Poderiam ser quatro, se em Bom Jesus não tivesse sido desativado. "Isso é muito mais grave que a questão burocrática e a questão técnica de homologação de pistas", acrescenda o comandante. Além disso, faltam locais com balizamento para voos noturnos - cinco em todo o Piauí, sendo dois não homologados.

Para o experiente comandante, a solução do problema deve partir da decicação maior de prefeituras e órgãos envolvidos na aviação.
cidade verde

Boeing supera Airbus nas encomendas de janeiro e fevereiro


PARIS, 9 Mar (Reuters) - A Airbus teve melhora nas encomendas mas não vendeu nenhuma aeronave fora dos planos em fevereiro, e continua bem atrás da Boeing deste o começo do ano, mostraram nesta sexta-feira números da empresa.

A fabricante europeia de aviões tem cedido terreno para a concorrente depois de ter garantido em 2011 sua maior participação de mercado com vendas recordes do remodelado avião com eficiência de combustível A320neo.

A Boeing, no entanto, recuperou-se com o 737 MAX e deve equilibrar as balanças em 2012, à medida que as duas fabricantes restabelecem uma participação equilibrada de grande parte do mercado global de jatos, com aeronaves de médio alcance de 100 a 200 assentos.

Os números da Airbus nos dois primeiros meses confirmaram a tendência, com a subsidiária da EADS registrando 25 por cento do total de pedidos da Boeing, mas ambas fizeram 84 entregas cada.

A Airbus vendeu 97 aviões até agora neste ano, em um total líquido de 91 por causa dos cancelamentos.

reuters

Aeroportos de referência reunirão aviões apreendidos


A Corregedoria Nacional de Justiça, por meio do Programa Espaço Livre Aeroportos, deve editar uma norma definindo quais aeroportos brasileiros passarão a receber os aviões apreendidos no país por decisão judicial. O assunto foi discutido em reunião realizada na sede do Conselho Nacional de Justiça, em Brasília, no final de fevereiro.

Participaram da reunião o presidente da Comissão Executiva do Programa Espaço Livre Aeroportos, o juiz auxiliar Marlos Melek, o diretor jurídico da Infraero, Francisco Siqueira, e representantes do Ministério Público, da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, do Sindicato Nacional dos Aeronautas, da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG) e da Associação dos Pilotos Privados do Brasil (APPA).

Segundo Melek, a ideia é ter pelo menos um aeroporto de referência por região que possa concentrar estas aeronaves, liberando área nos aeroportos mais movimentados. Apenas o aeroporto da região Sudeste ainda não está definido. Os demais seriam: Petrolina (PE), Bagé (RS), Boa Vista (RR), Cruzeiro do Sul (AC), Santarém (PA) e Corumbá (MS).

A edição de uma norma da Corregedoria serviria para orientar os juízes de todo o país a destinarem para estes aeroportos pré-definidos as aeronaves apreendidas, principalmente por tráfico de drogas e decretação de falência. O texto com as bases legais da proposta deve resultar também em projeto de lei, elaborado com a participação das principais autoridades do setor e da sociedade civil.

O presidente da Comissão de Aviação Civil do Senado Federal, senador Vincentinho, já entrou em contato com o juiz Marlos Melek para discutir a proposta. "O compromisso desta união de atores é evitar que nenhuma aeronave mais apodreça em solo brasileiro", afirma o juiz auxiliar Marlos Melek. Existem hoje cerca de 300 aeronaves de pequeno porte paradas em aeroportos brasileiros.

Uma das vertentes do Programa Espaço Livre é tornar possível a doação das aeronaves apreendidas à Justiça dos estados. Duas já foram doadas: uma para a Justiça do Mato Grosso e outra para a Justiça do Estado do Amazonas. O uso e operação serão compartilhados pela Justiça estadual, do trabalho, Justiça eleitoral, pela Polícia Militar do Estado e pela Justiça federal.

Alienação antecipada - Está sendo estudada ainda a edição de uma norma para permitir a alienação antecipada das aeronaves de pequeno porte que permanecessem por mais de oito meses nos aeroportos de referência. “A aeronave apreendida ficaria oito meses nestes aeroportos. Se nesse prazo o dono da aeronave não conseguisse cassar a liminar ou convencer o juiz a liberar o avião, o destino seria a venda antecipada do bem”, afirma Marlos Melek.

A Comissão deverá estudar nas próximas semanas a legislação existente e que instrumentos jurídicos seriam necessários para implementar as medidas. Levantamento feito pelo CNJ no ano passado indica que apenas 0,23% de todos os bens apreendidos são alienados de forma antecipada.

Também será formado um Grupo Especial Permanente para Remoção de Pequenas Aeronaves, responsável por fazer a remoção dos aviões para os aeroportos de referência, após a realização da perícia criminal. Outra proposta discutida foi a criação de um grande Centro de Excelência em Formação de Pilotos para a Administração Pública. A escola de formação funcionaria no Mato Grosso do Sul, em fazendas anteriormente pertencentes a traficantes. "Jovens teriam a oportunidade de aprender uma profissão, resolvendo no médio prazo o grande déficit de pilotos que começa a se desenhar no Brasil", disse o magistrado.|Tatiane Freire/CNJ

fator brasil

Participação feminina na aviação brasileira

Avião é visto decolando da pista do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo

Avião é visto decolando da pista do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo

Foto: AE

“Trata-se de um braço de trabalho tão ou mais competente que o homem”, diz Marcus Silva Reis, coordenador do curso de ciências aeronáuticas da Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.

“Mulher não é exceção na aviação. Hoje temos pilotos nas Forças Armadas, voando com taxi aéreo, na aviação offshore [plataformas de petróleo] e em companhias aéreas”, afirma.

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no ano passado foram emitidas 230 licenças de piloto para mulheres no Brasil, mais que o dobro registrado em 2010.

Só na aviação comercial, o número de novas licenças obtidas por mulheres cresceu 30% no ano passado e chegou a 95 emissões. Esse número representa 15% do total de licenças de piloto de linha área concedidas em 2011.

“Em especial a partir dos anos 1990, as mulheres começaram a aumentar as fileiras da aviação brasileira”, diz Gelson Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). “Hoje as companhias têm pilotos e comandantes mulheres com excelente desempenho.”

“Quanto mais mulheres entrarem na aviação, mais segura ela vai ficar”, diz Reis, da Estácio de Sá. Segundo ele, isso ocorre “por conta de todo o cuidado e sensibilidade com que elas encaram a profissão."

tô sabendo.com

China bloqueia compras de Airbus em represália a taxa de carbono europeia


Louis Gallois, presidente da EADS, pediu aos europeus para voltar atrás com a taxa do carbono cobrada das companhias aéreas.
Louis Gallois, presidente da EADS, pediu aos europeus para voltar atrás com a taxa do carbono cobrada das companhias aéreas.
AFP/ERIC PIERMONT

O presidente da EADS, grupo que controla a Airbus, Louis Gallois, informou hoje que o governo da China está bloqueando os contratos de compra de aviões Airbus acertados pelas companhias chinesas. A medida é uma represália à implementação de uma taxa sobre as emissões de dióxido de carbono (CO2) nos voos, aprovada em janeiro pela União Europeia. Gallois pediu aos europeus que renunciem à aplicação da taxa.

A Comissão Europeia afirmou nesta quinta-feira que reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) da aviação é um benefício para todos, apesar do temor expressado pela Airbus de que a medida vá prejudicar as vendas do grupo, especialmente na China.

A nova taxa da União Europeia (UE), que entrou em vigor em janeiro e abrange companhias aéreas de todas as nacionalidades, obriga o pagamento de 15% das emissões de CO2 por voo. Pelo menos 26 dos 36 membros da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), incluindo China, Rússia e Estados Unidos, contestam a medida.

Segundo o executivo-chefe da Sociedade Europeia Aeroespacial e de Defesa (EADS, grupo que controla a Airbus), Louis Gallois, as vendas de 45 aparelhos (10 superjumbos A380 e 35 modelos A330) estão bloqueadas com a recusa do governo chinês em assinar os contratos. Uma parte das aeronaves já entrou em produção, o que representa um risco industrial para a Airbus.

rfi

Emirates critica Airbus por rachaduras no superjumbo A380


Companhia aérea afirma que terá prejuízo de 90 milhões de dólares com a falha

A Emirates Airlines, maior operadora de superjumbo A380, criticou a Airbus e pretende buscar compensação junto à fabricante do avião após a descoberta de rachaduras nas asas do jato, noticiou o "Financial Times" nesta quinta-feira, em seu site.

A companhia aérea foi obrigada a manter em solo seus 21 superjumbos enquanto as rachaduras eram consertadas, diz a reportagem. O presidente da Emirates, Tim Clark, afirmou que a empresa deverá perder até US$ 90 milhões de receita até o final de março por conta das paralisações dos A380. A companhia aérea baseada em Dubai estaria buscando compensação por parte da Airbus, relata o jornal.

O diário afirma ainda que um porta-voz da Airbus se recusou a discutir a compensação e acrescentou: "Estamos pagando o custo dos reparos. Os detalhes são confidenciais".

veja

TST rejeita suspeição contra os ministros da 5ª Turma


O Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou, nesta segunda-feira (5/3), Exceção de Suspeição ajuizada contra os ministros da 5ª Turma pelo Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo em nome dos ex-empregados da Vasp. A defesa do sindicato afirma que a turma acolheu recurso com entendimento contrário à jurisprudência da corte, previsto em súmula. Para o Órgão Especial, no entanto, a Exceção de Suspeição fui ajuizada fora do prazo. O relator foi o ministro Carlos Alberto Reis de Paula.

Em Embargos de Declaração admitidos pela 5ª Turma, o ex-dono da Vasp, o empresário Wagner Canhedo, tenta reverter a venda da Fazenda Piratininga, em Goiás, que pertenceu ao seu grupo empresarial. Arrematada em dezembro por R$ 310 milhões por ex-donos da indústria de genéricos Neo Química, o produto do leilão da fazenda serviu para quitar parte da dívida trabalhista de R$ 1 bilhão da falida companhia aérea Vasp.

O sindicato afirma que o presidente da Turma, ministro João Batista Pereira, demonstrou ter amizade com um dos advogados do grupo Canhedo, e contrariou suas próprias decisões ao acolher o pedido do empresário. Contra os ministros Emmanoel Pereira e Kátia Arruda, demais componentes do colegiado, o sindicato afirma terem votado em sentido diferente do que já haviam decidido antes e voltaram a decidir depois sobre o assunto. A arguição de suspeição afirma que a entrada, às vésperas do julgamento de um recurso, de dois ex-ministros do TST no processo em favor de Canhedo fez a decisão pender inexplicavelmente a favor do empresário.

De acordo com Francisco Gonçalves Martins e Carlos Augusto Jatahy Duque-Estrada Júnior, advogados do sindicato, a entidade vai recorrer. "A exceção de parcialidade foi proposta dentro do prazo, uma vez que o sindicato a propôs antes do julgamento do Recurso de Revista, o que ainda não ocorreu", diz Martins. O processo a que se refere o advogado é um Agravo de Instrumento ajuizado por Canhedo e convertido em Recurso de Revista pela 5ª Turma, que pode rever a legalidade da venda da fazenda. Seu julgamento estava pautado para agosto do ano passado, mas foi suspenso até que a Exceção de Suspeição fosse votada.

"O que ocasionou a suspeição dos ministros foi o acolhimento, no dia 29 de junho de 2011, de recurso proposto pela Agropecuária Vale do Araguaia, de Wagner Canhedo, apesar de o advogado da referida empresa não ter procuração no processo, o que é vedado pela súmula 164 do TST", diz Martins. A Exceção de Suspeição foi proposta, segundo ele, no dia 12 de julho, dentro do prazo de 15 dias contados a partir do dia 29 de junho. "O presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, ao determinar a distribuição da exceção de suspeição, confirmou em seu despacho que ela estava dentro do prazo legal."

Martins afirma que vai recorrer, por meio de Embargos de Declaração, no próprio Órgão Especial contra a decisão desta segunda-feira. "Caso o Órgão Especial não mude sua decisão, o sindicato vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal", garante. Ele promete também denunciar o caso à Organização Internacional do Trabalho, "uma vez que a sorte de oito mil trabalhadores não pode ficar nas mãos de julgadores parciais", diz. "Nunca na história do TST havia sido aceito recurso proposto por advogado sem procuração no processo, tal como aquele que favoreceu a empresa de Wagner Canhedo."

Em 29 de junho, a 5ª Turma deu provimento a Embargos de Declaração da Agropecuária Vale do Araguaia, dona da fazenda Piratininga antes da adjudicação, para, "concedendo-lhe efeito modificativo, sanar equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade, prosseguir no exame do Agravo de Instrumento e dar provimento ao Agravo de Instrumento para, convertendo-o em Recurso de Revista, determinar a reautuação do processo e publicação da certidão de julgamento". A certidão de julgamento foi publicada no dia 25 de julho.

Antes, porém, a turma já havia rejeitado um Agravo de Instrumento da agropecuária. Seguindo a Súmula 164 da corte, os ministros, por maioria, entenderam que não existe a possibilidade de subida de Recurso de Revista sem a procuração dada ao advogado que representa a parte. Ao pedir a subida do recurso ainda na segunda instância, a agropecuária não juntou a procuração. No entanto, quando a empresa recorreu com Embargos — então já representada pelos ex-presidentes do TST Luiz José Guimarães Falcão e Francisco Fausto Paula de Medeiros — a turma decidiu de forma oposta e superou a ausência do documento.

"Dou a mão à palmatória se alguém encontrar decisão como essa nos últimos 15 anos", desafia Martins. "Fica claro que, no Brasil, temos dois Direitos: um para proteger Canhedo, ainda que à margem do Congresso Nacional e da jurisprudência consolidada, e outro, emanado do Poder Legislativo, ao qual todos, exceto Canhedo, submetem-se."

Ministro João Batista Brito Pereira - 26/07/2011 [enamat.gov.br]

Exceção à regra
Na arguição do sindicato, o ministro João Batista Brito Pereira (foto), presidente da 5ª Turma, é acusado de favorecer Canhedo já em 2005, quando deu razão ao empresário diante de um pedido de reconsideração. Em acordo firmado com o Ministério Público do Trabalho e homologado pela 14ª Vara do Trabalho de São Paulo antes de a Vasp quebrar em 2008, Canhedo se comprometeu a desistir dos recursos contra uma Ação Civil Pública e cumprir uma série de exigências trabalhistas. No entanto, ele apelou ao TST contra a obrigação de desistir, no que, na opinião do ministro, ele tinha razão — apesar de o artigo 831, parágrafo único, da CLT e a Súmula 100 do TST prescreverem que esse tipo de acordo é decisão irrecorrível, transitada em julgado quando é homologada. Por maioria, a Turma acabou por recusar o recurso e ordenar o cumprimento do acordo.

"O senhor ministro João Batista Brito Pereira, embora vencido, já se pronunciava claramente em favor de uma das partes, ou seja, das empresas de Wagner Canhedo Azevedo, o que reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do ilustre ministro", diz Francisco Martins. Segundo ele, ao julgar outro recurso no ano passado, o ministro voltou a demonstrar suspeição.

A história começou quando o sindicato afirmou que o advogado de Canhedo, Carlos Campanhã, ajuizou recurso sem juntar procuração, admitido pelo Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. O TRT aceitou um Recurso de Apelação contra a adjudicação da fazenda, quando a via correta de contestação seria o Agravo de Petição. Apesar do recebimento, o recurso foi negado no mérito.

Contra essa decisão, a Agropecuária Vale do Araguaia ajuizou Recurso de Revista dirigido ao TST, que também foi negado. Seguiu-se um Agravo de Instrumento também dirigido ao TST, dessa vez negado pela 5ª Turma, justamente pela falta de procuração no Recurso de Revista.

Ministra Katia Arruda - 26/07/2011 [enamat.gov.br]No entanto, ao julgar o Agravo de Instrumento, o ministro Brito Pereira pediu vista dos autos antes que a ministra Kátia Arruda (foto) votasse, logo após o relator do caso, ministro Emmanoel Pereira, rejeitar o recurso. "Antes do início do julgamento, as filmagens da sessão registram ostensiva demonstração de afeto entre o senhor ministro e o advogado da agropecuária", diz Martins. Em voto-vista, o ministro foi favorável à agropecuária, o que o advogado dos aeronautas aponta como suspeito, já que em outros julgamentos, anteriores e posteriores, o ministro não tolerou a falta de procuração.

Em seu voto, Brito Pereira afirmou que não se pode exigir da parte a juntada de procuração no caso de Agravo de Instrumento. "Não pode o julgador criar óbice à apreciação do recurso que não esteja previsto em lei, sob pena de sonegação da jurisdição", disse. "Não prevalece o entendimento (…) no sentido da inexistência do Recurso de Revista, por irregularidade de representação, uma vez que é vedado ao julgador negar a prestação jurisdicional, por atribuir à parte o ônus pela remessa das peças necessárias ao exame de Agravo de Petição, em autos apartados, quando inexistente determinação em lei nesse sentido."

Porém, em dezembro, ao julgar questão semelhante, o ministro defendeu a necessidade da procuração. "O ilustre advogado que subscreve digitalmente o Recurso de Revista (…) não detém poderes para representar a recorrente, pois não mais possui procuração válida nos autos", afirmou em voto nos Agravos de Instrumento em Recurso de Revista 50740-65.2005.5.02.0014. "Ante a irregularidade de representação verificada, não admito o recurso, porque inexistente no mundo jurídico (Súmula 164/TST)."

"O senhor ministro não fez qualquer ressalva em seu voto-vista de que teria mudado de entendimento sobre a validade acerca da imprescindibilidade de juntada de mandato de advogado que assina recurso de revista", protesta Martins.

Ministro Emmanuel Pereira - 26/07/2011 [TRT - 21º]Para o advogado, a entrada de dois ex-ministros do TST no processo em favor de Canhedo às vésperas do julgamento tornou os dois outros ministros da Turma igualmente suspeitos. Emmanoel Pereira (foto), por ter nascido no Rio Grande do Norte, assim como o ex-presidente do TST Francisco Fausto Paula de Medeiros, representante da agropecuária, "dado do grau de irmandade cultivada entre ambos". E Kátia Arruda pelo fato de ter dado provimento, junto com os colegas, a um recurso considerado absurdo pelo sindicato.

Segundo Francisco Martins, a decisão nos Embargos permitiu que o processo fosse convertido em Recurso de Revista pelos ministros, mesmo contrariando decisões dos mesmos julgadores anteriores e posteriores ao julgamento. "Compulsando a jurisprudência — 2.700 acórdãos — da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Turmas do colendo Tribunal Superior do Trabalho (…), não se encontra, in pari materia, vale dizer, ausência de procuração do advogado que assinou o Recurso de Revista, nada igual ao quanto decidido em 29 de junho de 2011 pelos senhores ministros da 5ª Turma", afirma.

O advogado colaciona decisões dos ministros contrárias à tomada nos Embargos de Canhedo. De Emmanoel Pereira, cita, entre outros, o AIRR 152742-75.2004.5.15.0115, julgado em maio de 2010, o Recurso Ordinário em Ação Rescisória 350200-42.2007.5.01.0000, julgado em agosto de 2010, e o AIRR 8245-02.2010.5.01.0000, julgado em junho de 2011. De Kátia Arruda, menciona o AIRR 152241-24.2004.5.15.0115, julgado em junho de 2011. Em todos os casos citados, os ministros reafirmam a necessidade da procuração para interposição de Recurso de Revista.

Apesar de o Recurso de Revista de Canhedo ainda não ter sido apreciado pela corte, a defesa dos ex-empregados espera pelo pior, e considera a fazenda perdida para o empresário. "Se já passou o que era impossível, como o recurso subir sem procuração, o que se dirá daquilo que é interpretativo", lamenta Martins. O grupo MCLG Administração e Participações Ltda, que adquiriu a fazenda, já depositou parte do valor em juízo. Caso a propriedade volte às mãos do empresário, o grupo terá de receber o valor de volta.

Alessandro Cristo é editor da revista Consultor Jurídico

www.duqueestrada.adv.br