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terça-feira, 17 de julho de 2012

Acidente da TAM completa cinco anos, e memorial a vítimas é inaugurado em São Paulo


O acidente com o avião da TAM que vitimou 199 pessoas em frente ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, completa cinco anos nesta terça-feira (17). Para marcar a data, a praça que homenageia as vítimas, batizada de Memorial 17 de Julho, será inaugurada no mesmo local onde o Airbus 320 da empresa se chocou contra um prédio da mesma companhia, na avenida Washington Luiz, em 2007.

Cinco anos após o acidente da TAM, a aviação brasileira 'entrou nos eixos'?

Às 17h30 de hoje será celebrada uma missa campal no local (avenida Baronesa de Bela Vista, altura do nº 196 – Campo Belo), seguida da cerimônia de inauguração, que deve começar às 18h45.

Às 18h51, horário exato da explosão do avião, será feito um minuto de silêncio. As atividades contarão com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), e de familiares e amigos das vítimas. A TAM não soube confirmar se algum representante da empresa participará do ato.

As obras começaram em dezembro do ano passado. Com área total de 8.318 m² e investimento de R$ 3,6 milhões --provenientes da Prefeitura de São Paulo--, a praça tem espaço de convivência e um espelho d’água com os nomes de todas as vítimas, que também são lembradas nas 199 lâmpadas de LED instaladas no local.

 Também foram colocados 25 postes, com três focos de luz cada um --as luzes estão dispostas de tal forma que fazem um círculo de 360º. A amoreira que resistiu à tragédia é um dos principais símbolos usados no memorial.

Foto 1 de 176 - 16.jul.2012 - Prefeitura de São Paulo fez a última vistoria, nesta segunda-feira, na praça Memorial 17 de Julho, projetada em homenagem às vítimas do desastre aéreo do voo JJ 3054 da TAM, que ocorreu em 17 de julho de 2007. A praça será inaugurada amanhã (17) Divulgação
Para o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAMJJ3054 (Afavitam), Dario Scott, manter a árvore lembra o apego que se deve ter à vida. “Aquele lugar é um solo sagrado. A árvore que sobreviveu tem um significado de vida e de resistência de como superar esta tragédia”, afirma. Para ele, a inauguração do memorial é um marco para a cidade e fará com que as autoridades, as companhias aéreas e as pessoas que trabalham no aeroporto e no entorno nunca esqueçam do que aconteceu. Dario perdeu a única filha, de 14 anos, no acidente.

Manifestação

Às 14h desta terça, cerca de 500 pessoas devem participar de uma espécie de passeata organizada pela Afavitam no próprio aeroporto de Congonhas. Os participantes entregarão um manifesto das famílias das vítimas informando o andamento do processo criminal e convidando os presentes para a inauguração do memorial.

Julgamento

O processo criminal que acusa três pessoas de atentado contra segurança de transporte aéreo pelo acidente da TAM ainda corre em primeira instância no Tribunal Regional Federal de São Paulo. Atualmente, o juiz analisa o processo para despacho e decisão. Após a análise, ele decide se os réus devem continuar ou não a serem julgados.

São acusados a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu, o ex-vice-presidente de Operações da TAM Alberto Fajerman e o ex-diretor de Segurança de Voo da TAM Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Castro ainda atua na companhia como piloto.

Denise Abreu, que perdeu o cargo em meio à crise provocada pela tragédia, é acusada de imprudência por ter liberado a pista de Congonhas para pousos mesmo sem o grooving, as ranhuras que facilitam o escoamento da água em dias de chuva, e sem ter feito "inspeção após o término das obras de reforma nas pistas”. A reportagem não conseguiu contato com o advogado dela para saber qual a estratégia da defesa.

Já em relação aos representantes da TAM, a Procuradoria os acusa de serem negligentes por terem permitido que os aviões da empresa pousassem em Congonhas, mesmo sabendo das condições da pista em dias de chuva. O advogado de Fajerman e Castro, Antônio Cláudio Mariz, diz que eles não têm responsabilidade pelo acidente, pois não cabia a eles autorizarem a aterrissagem na pista. De acordo com Mariz, quem determinou o fechamento e a reabertura da pista foi a Embraer e um dos reús, Fajerman, não estava em São Paulo no dia do acidente.

Indenizações

A TAM informou que já foram fechados acordos com 193 famílias de vítimas, mas não divulga o valor total de indenizações pagas. De acordo com a companhia, foram gastos cerca de R$ 17,3 milhões com as famílias, para cobrir despesas gerais, como hospedagem e alimentação, e cerca de R$ 1,5 milhão em reembolso de despesas gerais.

O acidente

Quando chegou no aeroporto de Congonhas no fim da tarde de 17 de julho de 2007, o Airbus 320 que fazia o voo JJ3054 da TAM, vindo de Porto Alegre, não conseguiu parar, passou por cima da avenida Washington Luiz, que fica em frente ao aeroporto, e se chocou contra um prédio da TAM, explodindo e matando as 199 pessoas que estavam a bordo.
A  análise da caixa-preta revelou que os pilotos pousaram com um manete do avião em posição errada, o que manteve a aceleração em um dos motores. As condições da pista e a falta de uma área de escape no aeroporto de Congonhas também contribuíram para o acidente.
uol

Anac obriga mais 51 pilotos a refazer prova de inglês


A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou ontem que proibiu mais 51 pilotos de fazer voos em território internacional -segundo a agência, eles falam inglês em nível inferior ao exigido para esse tipo de voo.
Inglês ruim ameaça licença de pilotos de avião no país
Todos os 51 haviam feito em uma escola de Madri um exame que atesta proficiência no idioma e tentavam validá-lo no Brasil.
Só que, em junho, a Anac anulou esses testes e os obrigou a refazer a prova até 15 de dezembro, desta vez no Brasil, sob sua supervisão.
Atribuiu a decisão à necessidade de manter a "segurança operacional da aviação civil". O inglês é o idioma padrão em voos internacionais. A má comunicação pode contribuir para um acidente aéreo.
A agência avaliou que as provas de Madri não estavam em conformidade com os padrões internacionais de aviação. Ela foi até a escola ao constatar que muitos pilotos melhoravam a nota quando faziam o exame lá.
Sem as notas do teste de Madri, esses 51 pilotos ficam com nível 3 de proficiência em inglês, ou menos; para voos internacionais, o mínimo é 4. A escala vai de 1 a 6.
Enquanto isso, os pilotos poderão participar de voos internacionais, mas só no trecho sobre território brasileiro -é o que prevê norma aprovada pela agência em 22 de junho.
Também estão nessa situação outros 37 pilotos obrigados a refazer o teste de inglês. A Folha revelou o caso na edição de sexta-feira.
A maioria dos pilotos é da TAM, que, na semana passada, disse cumprir todas as exigências da Anac.

Editoria de Arte/Folhapress
JUSTIÇA
Advogado de parte dos pilotos, Carlos Duque Estrada foi à Justiça para fazer valer a licença obtida em Madri. Ele tentou obter uma liminar, mas a Justiça negou.
Estrada sustenta que a Anac autorizou, em dezembro, usar as notas da escola de Madri e, neste ano, voltou atrás. Por isso, diz, violou o direito adquirido dos pilotos.
Os tripulantes alvo da restrição imposta pela Anac são experientes, alguns com mais de 15 mil horas em voos internacionais, disse ele na semana passada.
Segundo o advogado, os pilotos optaram por fazer a prova em Madri porque lá o exame saía mais rápido e era mais barato do que no Brasil.
A escola, Flight Crew, é autorizada pela agência de aviação espanhola a operar. À Folha, por e-mail, a instituição informou que só falaria por telefone a respeito do caso. Ontem, a reportagem não conseguiu contato.

folha da são paulo