Pela  primeira vez, agentes do  escritório regional do Instituto  Brasileiro  do Meio Ambiente e de  Recursos Naturais Renováveis (Ibama),   nesta cidade, no Centro-Sul,  apreenderam aeronave que fazia aplicação  de  herbicida em áreas de  pastagens sem licença ambiental e sem  respeitar  as normas do Ministério  da Agricultura. Há relatos de que o  produto  químico usado matou  plantio de feijão e de bananeiras  em vários sítios  neste Município.  Segundo Fábio Bandeira, gerente  regional do  Ibama, a empresa  responsável pela contratação da aeronave,  monomotor, de  prefixo PT UVU,  a Plantec Tecnologia Agrícola, de Limoeiro do Norte,  foi notificada  para apresentar documentação de comercialização legal dos  herbicidas. 
 O avião está registrado em nome da empresa Tomé  Aviação Agrícola, da  cidade de Porecatu, no Paraná,  que foi multada em  R$ 100 mil. O avião  foi apreendido, mas liberado  porque a empresa ficou  como depositária  fiel, e não havia lugar  adequado e seguro para a guarda  da aeronave sob  a responsabilidade do  Ibama. "A aplicação do  herbicida tem de  respeitar um limite de pelo  menos 500 metros de  residências, mas isso  não estava ocorrendo", disse  Bandeira.
  "Recebemos  denúncias de pequenos  agricultores na região que tiveram  parte do  plantio de feijão e de  bananeiras queimado pelo produto  utilizado para  eliminar o mato",  completou. As unidades agrícolas  nesta região  são formadas por  minifúndios e, em algumas áreas, há  propriedades mais  extensas.  Entretanto, não se comparam com as enormes  terras de plantio  de grãos e  pastagens localizadas em outras regiões  do Brasil. Foram  identificados  oito proprietários responsáveis pela  contratação do  serviço, que  também devem responder por prática de  crime ambiental. 
O   Ibama começa  na próxima semana um levantamento do plantio atingido  pelo  herbicida. A  empresa comprometeu-se a indenizar os agricultores  que  sofreram danos  com o ato ilegal. A aeronave iniciou o serviço de   pulverização das  áreas agrícolas de pastagem no sábado de Carnaval e   despertou a atenção  dos moradores da zona rural pela cor verde e por  dar  constantes  sobrevoos em baixa altitude. 
Nos  últimos anos, a ampliação  de áreas de  capineira para alimentar o  rebanho bovino favoreceu a  contratação por  um grupo de produtores  locais do avião. O uso  indiscriminado de  agrotóxicos é tema constante  de debate na região, mas a  falta de  fiscalização e conscientização dos  produtores rurais faz com  que a  prática irregular de pulverização  permaneça no período invernoso.
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