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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Compra da Webjet não trará preço maior nem demissões, diz Gol


compra da Webjet não deve acarretar em aumento nos preços das tarifas da compahia, afirmou nesta segunda-feira o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior.

Na sexta-feira, a Gol anunciou a compra da Webjet por R$ 96 milhões (valor que será repassado aos sócios da companhia, que já desconsidera as dívidas da Webjet).

Analistas afirmaram, após o negócio, que a união das empresas poderia acarretar em um aumento de preços para os clientes Webjet --hoje com algumas das passagens mais baratas do mercado.

"O negócio não implicaria aumento de custos. Devemos ganhar eficiência e manter tarifas extremamente competitivas", afirmou Oliveira Jr. durante teleconferência.

Ele afirmou também que o acordo não deve gerar demissões de funcionários --ocorrência comum em casos de integração de companhias.

"A estratégia da Webjet pressupõe estrutura extremamente enxuta, eles têm um nível de terceirização maior que o da Gol. Por isso, o número de funcionários por aeronaves é tão baixo e acredito que não teremos demissões."

De acordo com ele, a troca dos aviões da Webjet nos anos seguintes à integração e a continuidade no crescimento da demanda de passageiros permitira, inclusive, que as companhias mantivessem o processo de contratação de trabalhadores.

Atualmente, a Webjet opera com 1.670 funcionários, enquanto a Gol possui 18 mil trabalhadores em seu quadro.


Editoria de Arte/Folhapress

MARCA

A marca Webjet deve desaparecer no longo prazo, após a aprovação do negócio pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Segundo Oliveira Jr., a integração das marcas ocorrerá em meio a um processo de aumento dos serviços aos passageiros da Webjet.

"Nós vamos manter a marca por algum tempo, principalmente até a aprovação do Cade. Mas, depois disso, teremos integração total", afirmou.

"As duas empresas atuam no mesmo segmento e acho que a Gol tem condições de agregar serviços e produtos aos passageiros, como o programa de milhagens Smiles, número maior de frequência de voos, um padrão de frota mais jovem, check-in pela internet (...)."

NEGÓCIO

A Gol anunciou na sexta-feira a compra da Webjet por R$ 96 milhões (valor que será repassado aos sócios da companhia e já desconsidera as dívidas da Webjet).

No comunicado divulgado na data, as companhias afirmavam que a aérea foi avaliada durante as negociações em R$ 311 milhões.

Nesta segunda, Pereira detalhou a dívida da Webjet. De acordo com ele, R$ 215 milhões compõem a parte financeira dos débitos, cujos credores são, atualmente, os bancos Bradesco, Safra e Citibank --instituições com quem, segundo Pereira, a Gol tem relação próxima.

Essas dívidas começam a vencer neste ano e vão até 2015. A meta da Gol, porém, é estender o prazo desses vencimentos. Uma forma de fazer isso, após a aprovação do negócio pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), seria captar dinheiro no mercado.

De acordo com Pereira, ainda há R$ 120 milhões em dívidas da Webjet que não aparecem no balanço da companhia, já que são despesas que se referem a leasings operacionais.

Segundo ele, a dívida da Webjet não significará um aumento significativo no montante devido pela Gol atualmente.

folha.com

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