Expectativa da nova administração é de que, em 30 anos, número de passageiros chegue a 90 milhões por ano
Diante do desafio de multiplicar por dez sua capacidade de atendimento — chegando ao movimento de até 90 milhões de passageiros por ano, superando Cumbica, cuja meta é chegar a 60 milhões —, Viracopos pretende se tornar, em 30 anos, o maior aeroporto da América Latina. Para alcançar esse objetivo — respaldado pela presidente Dilma Rousseff durante visita ao local no fim do ano passado —, a Aeroportos Brasil, que venceu o leilão de privatização, conta com um grande e raro aliado: espaço.
Diferentemente do que ocorre no entorno dos maiores aeroportos brasileiros, a localização geográfica de Viracopos permite não apenas a realização de todo o plano de expansão previsto para as três décadas de concessão — envolvendo investimentos de R$ 9,5 bilhões —, como também outras possíveis obras de ampliação depois disso.
“A possibilidade para crescer é um dos principais fatores que nos permitem prever que seremos o maior aeroporto do Brasil, superando Cumbica, ao final do período de concessão”, afirma João Santana, presidente do conselho de administração da Aeroportos Brasil Viracopos. “Temos possibilidade para trabalhar com uma previsão de três pistas operando simultaneamente”, completa.
O consórcio Aeroportos Brasil é formado por três empresas: TPI —Triunfo Participações e Investimentos S.A. (com participação de 45%), UTC Participações S.A. (com outros 45%) e Egis Airport Operation (com os 10% restantes). Elas foram representadas no leilão de privatização, realizado em 2012, pela corretora Planner. O prazo de concessão para Viracopos é de 30 anos, com possibilidade de ser expandido por mais cinco anos. Juntas, as companhias fizeram um lance de R$3,821 bilhões, o que representou um ágio de 159,75% sobre o lance inicial. Todas as empresas participantes do consórcio possuem larga experiência em concessões de serviço, engenharia e operação no segmento de transporte — cada uma, contudo, tem uma especialidade peculiar em suas áreas de atuação.
O novo aeroporto deverá ocupar uma área de 400 mil metros quadrados, sendo que o terminal que está em construção ocupará 145 mil metros quadrados. A área em que atualmente funciona o aeroporto dará lugar a um shopping center ou será ocupada pela aviação executiva (leia mais ao lado).
A concessionária deverá concluir as obras previstas antes do início da Copa do Mundo, mas, caso descumpra os prazos, a multa está prevista em R$ 150 milhões, mais R$ 1,5 milhão por dia de atraso. Segundo Santana, porém, como as obras estão dentro do prazo, a nova administração começou a trabalhar com a possibilidade de entrega de toda a estrutura do novo terminal com cerca de 30 dias de antecedência. “É possível que consigamos e isso será muito importante, pois teremos tempo de treinar as pessoas e fazer as adequações necessárias para que tudo comece a funcionar em perfeita sintonia”, diz o executivo.
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