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domingo, 5 de abril de 2009

Ruídos na torre de controle


Desde o ano passado, o governo federal emite sinais contraditórios a respeito do futuro dos principais aeroportos brasileiros. Em algumas ocasiões, fez parecer que pretendia privatizar a Infraero, autarquia federal responsável pela gestão dos 67 aeroportos por onde passa praticamente todo o fluxo aéreo nacional, de cargas e passageiros. Em seguida, veio o desmentido de autoridades próximas às Forças Armadas, refratárias à atuação privada por razões de segurança nacional. Em disputa, o controle sobre um faturamento anual de 2,5 bilhões de reais, tradicionalmente na esfera de influência do Ministério da Aeronáutica.

A intenção inicial seria repassar ao setor privado apenas os aeroportos lucrativos, cinco ou seis espalhados pelo País, de acordo com os relatórios financeiros (precários, na avaliação de especialistas) divulgados pela própria Infraero. Galeão, no Rio de Janeiro, e Viracopos, em Campinas, no interior paulista, foram lembrados como os primeiros da fila, por necessitar de maior volume de investimento e atrair os investidores. Juntos representam 20% da receita da Infraero. No fim de 2008, o governo carioca anunciou ter sido procurado por ao menos quatro grupos internacionais e duas empreiteiras brasileiras, todos interessados em assumir a gestão do Galeão.

O aerO interesse por Viracopos também parece grande. Visto como o de maior potencial de crescimento, diante da perspectiva de ligação com São Paulo e Rio de Janeiro por meio de um trem de alta velocidade, Campinas formaria um tripé com as duas cidades. O aeroporto campineiro tem ainda a vantagem de raramente fechar por problemas meteorológicos. E é forte em transporte de carga, segmento mais lucrativo do setor aeroportuário. O modelo de concessões serviria ainda ao terceiro aeroporto a ser construído nos arredores de São Paulo, diante do esgotamento de Cumbica, em Guarulhos, o de maior fluxo, com 20,3 milhões de embarques e desembarques no ano passado.
A União decidiu, por enquanto, adiar o projeto do novo aeroporto paulista, concentrando-se na expansão de Cumbica. Pesa no cronograma do Executivo a proximidade da Copa de 2014. No início de 2009, uma delegação da Fifa visitou vários aeroportos e recebeu os planos de investimento da Infraero. O novo edital de licitação para o terceiro terminal de Cumbica, por exemplo, sairá em abril, caso não surjam imprevistos. A expectativa da estatal é concluir a sua construção até meados de 2010.
Fonte: Carta Capital

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