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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Aéreas nacionais não devem escapar de crise em 2011, diz analista

A revisão de projeções da Gol na última sexta-feira colocou o setor aéreo em sinal de alerta. A companhia anunciou que espera fechar o ano com preços menores, custos maiores e uma margem
operacional (Ebit), na melhor das hipóteses, de 4%. Esse talvez seja um dos primeiros sinais de que as empresas brasileiras não devem passar ilesas da maré ruim no setor prevista para este ano pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

Revisão de projeções da Gol colocou setor aéreo em sinal de alerta

Depois de uma sequência de notícias negativas para as companhias aéreas, a Iata reduziu em 50% sua expectativa de lucro para o setor em 2011. O terremoto no Japão, a crise no mundo árabe e as cinzas do vulcão na Islândia, ocorridos no início do ano, respingaram pouco no resultado das brasileiras. Mas elas não escaparam dos prejuízos do cancelamento de voos provocado pelo vulcão chileno entre junho e agosto e, principamente, da elevação da cotação do petróleo, responsável por cerca de 40% dos custos das companhias aéreas.

Apesar da despesa maior, as empresas continuam o oferecer descontos nas passagens. No último fim de semana, por exemplo, Gol, TAM, Azul, Avianca e Webjet estavam com promoções para voos em agosto. A perspectiva da Gol é que seus preços devem encerrar o ano cerca de 5% abaixo da previsão inicial.

“A competição está acirrada e as empresas têm enfrentado dificuldades em repassar o aumento de custos no preço das passagens”, afirma Nelson Riet, consultor em aviação. Para ele, é provável que todas as companhias brasileiras apresentem resultados piores do que o esperado neste ano.

A incorporação da operação da Webjet pode ajudar a Gol a recuperar preços em algumas rotas na qual elas são concorrentes, segundo Riet. Mas a consolidação da aquisição pode dificultar a recuperação das margens da Gol em 2012, de acordo com relatório do Credit Suisse. “Quando a Gol começar a se beneficiar do seu plano de redução de custos, ela estará consolidando números financeiros muito piores da Webjet, o que pode atrasar ainda mais a recuperação das margens”, informa o Credit.

O aumento de custos no setor aéreo chega em um momento que as empresas realizam investimentos pesados para atender a elevação na demanda por voos no País. Depois de uma expansão de 23,5% no ano passado, a venda de passagens para rotas domésticas cresceu mais 21,4% no Brasil no primeiro semestre de 2011, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As companhias reforçaram sua carteira de pedidos de aeronaves e precisam investir no treinamento de novos funcionários. Até 2015, a Gol vai expandir sua frota de 115 para 131 unidades e a TAM vai adicionar mais 30 aviões aos 152 que possui. Já a Azul continuará a receber nos próximos meses os jatos que faltam dos 86 que encomendou da Embraer. A empresa também firmou um contrato para adquirir 40 aeronaves turboélice da ATR em julho do ano passado, para seus voos regionais. Sua frota atual é de 31 aviões.
ig

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