Alguns interessados em comprar a American Airlines estão buscando o  apoio — e talvez um investimento — da British Airways para uma possível  oferta, disseram pessoas a par da questão. A firma de private equity TPG  Capital, que estuda investir na matriz da America Airlines, a AMR  Corp., entrou em contato com a International Consolidated Airlines Group  SA, a controladora da British Airways e da Iberia Líneas Aéreas de  España, disseram algumas das pessoas.
A TPG espera determinar se a British Airways estaria interessada em dar  sua bênção à oferta da TPG ou até participar de um investimento da  firma, disseram as pessoas. O apoio da British Airways é importante para  uma aquisição da AMR porque a companhia britânica se beneficiaria do  sucesso da American Airlines. As duas são as principais integrantes da  aliança mundial de companhias aéreas Oneworld, que permite aos membros  intercambiar voos e clientes, e em alguns casos oferecer viagens ao  redor do mundo.
As companhias e a Iberia também têm uma joint venture transatlântica em  que compartilham a receita e determinam juntas o preço e o cronograma  dos voos. Acordos como esses permitem às companhias aéreas se unirem sem  esbarrar nos vários obstáculos existentes para as fusões transnacionais  do setor.
A US Airways Group Inc. também tem interesse em uma fusão com a AMR, que  pediu concordata no fim de novembro. A US Airways não negociou  diretamente com a British Airways, mas está preparando um argumento  explicando como uma fusão dela com a AMR ajudaria a British Airways,  aumentando a presença da American Airlines nas cidades do leste dos  Estados Unidos em que ela está perdendo mercado para concorrentes que  acabaram de fundir-se, disseram outras pessoas familiarizadas com a  questão. A British Airways não está negociando com os interessados na  AMR, disseram as pessoas a par da situação.
“A American é muito importante e um forte parceiro […] e sempre faremos o  que pudermos para apoiá-la enquanto ela passa pelo processo de  concordata”, disse uma porta-voz da matriz da British Airways.
Os executivos da AMR já afirmaram que a companhia emergirá da concordata  como uma empresa sadia e independente. O processo pode demorar pelo  menos um ano. Qualquer oferta pela AMR ainda deve demorar meses e pode  depender de a companhia conseguir usar a recuperação judicial para  reduzir seus custos trabalhistas, eliminar aeronaves indesejadas e  reduzir o preço dos contratos com fornecedores, disseram pessoas com  conhecimento da questão.
A Oneword é a menor das três alianças mundiais de companhias aéreas, e  precisa da American para ter uma presença significativa nos EUA. Entre  os outros integrantes da aliança estão a Japan Airlines Corp., a LAN  Airlines SA — que está se fundindo com a TAM SA —, a Cathay Pacific  Airways Ltd. e a Qantas Airways Ltd. As três alianças enfrentam  problemas com a rotatividade dos integrantes e o número menor de  companhias de boa qualidade para atrair.
A Oneworld perdeu um membro no México no ano passado, quando a Cia.  Mexicana de Aviacíon fechou as portas. Quando a LAN e a TAM concluírem o  processo de fusão, nos próximos meses, a nova empresa terá de escolher  entre ficar na Oneworld ou se mudar para a Star Alliance, da qual a  empresa paulista é membro. A Delta Air Lines Inc. também estuda uma  possível oferta pela AMR mas não está tentando angariar o apoio da  British Airways, disseram algumas das pessoas. A Delta também pode  tentar atrair a American Airlines para a aliança SkyTeam, disseram essas  pessoas.
Autor: The Wall Street Journal
Fonte: http://online.wsj.com/ Aviação Brasil.
 

 
 
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