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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Cargueiros não utilizam Pinto Martins

Exportadores de frutas e flores no Ceará , que precisam escoar a produção via modal aéreo, alegam que estão sendo lesados pela falta de pista no aeroporto Pinto Martins

Afalta de pouco mais de 780 metros de extensão na pista do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, estaria forçando alguns produtores cearenses de frutas e flores a frear suas produções e até a exportar em terminais aéreos de outros estados. Os empresários da fruticultura e da floricultura no Ceará alegam que grandes aviões cargueiros como o Boeing 747-400, com capacidade para 112,63 toneladas, não estão podendo pousar e decolar com carga e combustível cheios, devido à falta de pista.

Entretanto, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o aeroporto, afirma que a pista está homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para receber aviões deste porte.

No Ceará, a exportação via aérea de produtos como frutas e flores é realizada por meio de aviões mistos, que comportam na mesma aeronave passageiros, bagagens e cargas. De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, não há demanda suficiente pelo transporte aéreo nos segmentos de importação e exportação para pouso e decolagens de aviões cargueiros em Fortaleza. Mas o discurso dos produtores é outro.

"O terminal de cargas, que foi construído no Aeroporto Pinto Martins e que ainda não foi inaugurado, custou milhões aos cofres públicos. Mas ele não poderá funcionar em plena carga, sem a expansão da pista. Se tivéssemos pelo menos um voo semanal de cargueiros fechado, poderíamos exportar mais e até ser um estado centralizador do processo de exportação de cargas no Nordeste", avalia o consultor e ex-presidente do Instituto Agropolos, Ricardo Sabadia.

Com a falta de capacidade e espaço das aeronaves mistas, muitos produtores estão optando por exportar através de terminais aéreos de cargas de São Paulo e Recife. "O mamão, por exemplo, é enviado do Ceará para São Paulo por caminhão. De lá, as frutas são exportadas para o mercado europeu. É uma logística burra, que eleva o custo e prejudica a qualidade dos produtos", afirma o consultor em agronegócio, Sérgio Baima.

"Exporto muito pouco via aeroporto Pinto Martins, não chega nem a 10% da produção", afirma o produtor de mamão de Russas, João Teixeira Junior. "Temos um grande gargalo em relação à logística. Estou exportando a maior parte da produção para a Europa via São Paulo. O frete, que gira em torno de R$ 400 a tonelada, tem pesado no custo", queixa-se Teixeira Junior, que envia de 30 a 40 toneladas por semana à Europa.
FONTE:O POVO -CE

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