Com queda nas encomendas para a aviação executiva e comercial, empresa centra as atenções em projetos na área militar e de governos
Em 2008 a presença da área de Defesa foi de US$ 953,8 milhões, ou 8,1% em relação ao total de US$ 5,5 bilhões. A ofensiva pode amenizar a crise da empresa que, com a retração na demanda global nos segmentos de aviação comercial e executiva, demitiu cerca de 4,3 mil funcionários em fevereiro, ou 20% de sua equipe. A fábrica de Gavião Peixoto, de onde saem quase todos os modelos de emprego militar da companhia, cortou pouco menos de 270 vagas (12%).
A aposta mais promissora está no desenvolvimento dos negócios na América Latina, África, Ásia e Oriente Médio. Ferreira Neto acredita que haja "grandes possibilidades" de trabalho com as aeronaves de inteligência, de sensoriamento remoto, alerta avançado e vigilância. "Temos as capacidades todas e criamos parcerias importantes em países como México, Grécia e Índia", destaca. A plataforma da linha é o Emb-145, jato birreator de 50 passageiros. Esse, todavia, não é o limite. "Podemos trabalhar necessidades específicas envolvendo tipos maiores com mais espaço para sistemas operacionais e maior performance", explica Ferreira Neto. O convívio com o cliente nesse tipo de operação nunca é inferior a dois ou três anos.
Ele lembra que a peculiaridade desses jatos é a criação "praticamente sob medida" de forma a atender a demanda de serviços de cada cliente. O modelo de sensoriamento é virtualmente um avião de coleta de informações estratégicas. Já o de alerta avançado funciona como um posto de comando aerotransportado, coordenando atividades de esquadrões de combate, ataque e interceptação.
FONTE: O ESTADÃO
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