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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Rio e Sol, novas companhias aéreas, só esperam aval da Anac para operar



Duas empresas aéreas estão fazendo os acertos finais para iniciar operações no Paraná. Ambas possuem três letras no nome e só dependem de autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para marcar o primeiro voo. A Rio Linhas Aéreas, com sede em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), vai atuar no segmento de cargas e planeja decolar até o fim do mês. Um Boeing 727-200F, com capacidade para 25 toneladas, está no hangar da companhia, pintado com as cores verde e amarelo. A Sol Linhas Aéreas, de Cascavel, região Oeste do Estado, vai fazer transporte de passageiros com um avião tcheco com capacidade para 19 pessoas, o turboélice L410, da Let Aircraft.

A Rio Linhas Aéreas é de dois jovens empresários: Leonardo Rodrigues Cordeiro, filho do dono da JetSul, empresa de táxi aéreo e venda de aviões, e William Starostik Filho, piloto de automóveis e neto do fundador da Companhia Providência, fabricante de não-tecidos comprada em 2006 por um grupo de investidores que inclui a família Constantino, dona da Gol. A empresa foi criada em 2007. "Somos uma empresa cargueira, não vamos fazer a entrega porta a porta, só o serviço aeroporto-aeroporto", diz Mauro Martins, supervisor de planejamento.

A Rio fez parceria com a SmartCargo Transporte Intermodal, que vai contratar cargas para voos noturnos. A empresa também poderá fazer o fretamento de aeronaves para voos diurnos e de retorno. Martins explica que ela vai atuar na modalidade ACMI (aeronave, tripulação, manutenção e seguro), na qual o cliente se responsabiliza por parte das despesas operacionais, como combustível e tarifas.

Segundo ele, outros dois aviões estão sendo comprados para o segundo semestre e, para 2010, está prevista a aquisição de um modelo de grande porte para o mercado internacional e dois para uso doméstico. Os investimentos iniciais somaram US$ 8 milhões, com recursos próprios, e US$ 30 milhões devem ser usados na expansão até o fim do ano que vem, sendo uma parte financiada. O transporte de passageiros, no futuro, não está descartado.

No caso da Sol, o projeto é do médico Marcos Solano Vale, que tem um hospital, duas rádios e um jornal no interior do Paraná. Ele prevê investir R$ 100 milhões em três anos, sendo 85% provenientes de financiamentos para leasing de aeronaves e o restante de recursos próprios. A meta da empresa é fechar 2009 com três aviões. Outros devem ser incorporados à frota a cada 90 dias. "Vamos fazer uma grande companhia", diz Vale.

Natural do Rio Grande do Norte, o médico-empresário conta que viu um avião pela primeira vez aos 10 anos e viajou de avião aos 24, quando fez residência médica em São Paulo. Há 18 anos vive no Paraná e garante que o Estado precisa de mais voos. "O deslocamento de Cascavel para outros lugares do país é um transtorno." Ele começou a planejar o investimento há cinco anos e abriu a empresa em 2008. "A dificuldade não é conseguir dinheiro, mas obedecer a legislação, contratar seguro e pessoal", diz. Outra barreira a vencer é a fixação de preço do bilhete. "Antes, viajar de avião era caro. Depois foi dito que ficou barato. Mas não é uma coisa nem outra, porque é preciso levar em conta tempo, distância e outros fatores", comenta.

Valor Econômico

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