

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) participou, nesta segunda-feira (18), de reunião convocada pelo Sindicato Nacional de Táxi Aéreo (Sneta) que teve o objetivo de apresentar as propostas construídas e encaminhadas pela entidade patronal.
O Sneta, presidido pelo comandante José  Afonso, conhecido pela maioria dos pilotos brasileiros, de olho na  expansão do setor por conta da exploração do pré-sal no Brasil, propôs  contratar pilotos estrangeiros. Para isso, tomou a iniciativa de  procurar o deputado Rodrigo Loures (PMDB-PR), relator do Projeto de Lei  6716/2009 que trata da mudança do Código Brasileiro de Aeronáutica  (CBA), para mudar o artigo 158 que permitiria a contratação de  profissionais de aviação de outros países por cinco anos.
Os  diretores do SNA presentes na reunião – Graziella Baggio e Bona – e a  assessoria jurídica repudiaram a forma, o conteúdo e a insensatez da  proposta e, ainda, pela preocupação do Sneta, caso o artigo seja  aprovado como proposto pelo relator, em ter que pagar o mesmos salários  aos pilotos brasileiros no caso dos estrangeiros exigirem valores  superiores ao praticado no Brasil. Além disso, o Sneta sugeriu um acordo  junto ao SNA para ampliar as horas de trabalho/voo dos pilotos das  aeronaves de  asa fixa pertencentes ao táxi aéreo.
Portanto, as  revelações do Sneta só fortalecem a posição de que os aeronautas devem  estar unidos para evitar a alteração do CBA e, ainda, exigir mais  investimentos dos empresários na formação de mão-de-obra, já que mais de  500 novos pilotos brasileiros foram disponibilizados no primeiro  semestre de 2010 para o mercado de trabalho.
Mais uma vez,  convocamos os trabalhadores e as trabalhadoras da aviação civil a  lutarem contra o descumprimento da Regulamentação Profissional do  Aeronauta e da Convenção Coletiva de Trabalho por parte das empresas  denunciando ao sindicato.
O SNA não permitirá tamanho  desrespeito. Afinal, o setor sempre pagou baixos salários e aproveitou  ao máximo pilotos da Força Aérea, Exército e da Marinha que já estavam  na reserva e aposentados. Desta forma, mantiveram o pior salário do  setor da aviação e agora pretendem não investir na formação da  mão-de-obra e, com isso, buscar solução para viabilizar sempre o maior   lucro através da tentativa de contratar pilotos estrangeiros e talvez  até baratear ainda mais a mão-de-obra dos pilotos brasileiros.
O  SNA registrou na reunião que não abre mão dos direitos da categoria  garantidos por lei. Vamos lutar por condições mais humanas, melhores  salários e lutaremos em todas as instâncias para evitar a modificação do  artigo 158 do CBA. A única ação permitida e autorizada pelo SNA seria a  recontratação dos mais de 500 pilotos brasileiros que atuam fora do  País.
AERONAUTAS, o jogo está sendo jogado pelas empresas.
Atenção, vamos nos organizar e impedir tais mudanças e EXIGIR respeito!
sna
 
 
 
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