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domingo, 22 de maio de 2011

Os aeroportos das cidades-sede da Copa - 3


Aeroporto de Cuiabá


O aeroporto de Cuiabá, que teve a movimentação de 2 milhões de passageiros em 2010, deverá investir R$ 87,5 milhões na reforma e modernização do terminal de passageiros para poder receber mais turistas para os jogos que irá sediar.

As obras também irão incluir a adequação do sistema viário em torno e a construção de estacionamento. Segundo a Infraero, a licitação já foi concluída e está na fase de projetos. O aeroporto reformado deve ser entregue até julho de 2013.

Aeroporto de Curitiba


No Aeroporto de Curitiba, parte das obras previstas para a Copa poderão ser entregues no ano que vem. As obras consumirão cerca de R$ 73 milhões de reais para reformar e ampliar o terminal de passageiros e o sistema viário, além de ampliar o sistema de pátio e pista de táxi.

O edital de licitação das obras foram publicados entre dezembro e janeiro últimos e a etapa de propostas segue até março de 2011. A ampliação do terminal de passageiros é a que terá maior prazo para ficar pronta, a previsão é que termine até dezembro de 2013.

Aeroporto de Salvador


Com a movimentação de 7,5 milhões de passageiros somente em 2010, o Aeroporto de Salvador receberá, segundo a Infraero, R$ 45 milhões em investimentos para modernizar o maior aeroporto do Nordeste do país. As obras incluem construção de torre de controle, estimada sozinha em R$ 15 milhões, reforma do terminal de passageiros e ampliação do pátio de aeronaves.

O cronograma da Infraero prevê a entrega do aeroporto reformado em agosto de 2013, mas por enquanto os projetos estão em fase de licitação.

Aeroporto de Recife


Entre as 12 cidades-sede para a Copa, o Aeroporto de Recife será o de menor investimento para modernização das instalações. A única obra prevista no aeroporto será a construção de uma nova torre de controle, no valor de R$ 19,8 milhões.

Com previsão para ser entregue em abril do ano que vem, o projeto ainda não entrou nem em fase de edital. O terminal, que teve a movimentação de quase 6 milhões de passageiros no ano passado, estima que o número salte para 7,5 milhões em 2014.

Fonte: Amanda Luz (Exame.com) - Fotos: Arquivo/Exame / Divulgação

Os aeroportos das cidades-sede da Copa - 2

Aeroporto de Confins, em BH


Assim como nos outros aeroportos, o terminal de passageiros é o principal problema enfrentado pelos cerca de 7 milhões de passageiros que embarcam e desembarcam no Aeroporto de Confins por ano.

O aeroporto receberá o investimento estimado de R$ 408,6 milhões para ampliar e reformar o terminal e a pista de pouso, além de adequar o sistema viário.

As obras estão previstas para serem encerradas em outubro de 2013, mas por enquanto o projeto está em fase de licitação e a abertura das propostas será feita até o fim de fevereiro deste ano.

Aeroporto de Porto Alegre



O aeroporto mais movimentado na Região Sul do país, em Porto Alegre, deverá ter concluída a etapa de obras do terminal de passageiros em dezembro de 2013, segundo previsão da Infraero.

Para a primeira fase da reforma e ampliação, os investimentos serão de R$ 345, 8 milhões. Por enquanto, a licitação dos projetos ainda está em elaboração e as obras permanecem no papel.

As reformas para a Copa do Mundo deverão desafogar o terminal que, com 5,6 milhões de passageiros no último ano, deverá chegar a 8,8 milhões em 2014.

Aeroporto de Manaus



O aeroporto de Manaus deverá ser o último a ser entregue entre os aeroportos das cidades-sede, com previsão de conclusão das obras para dezembro de 2013. Com movimentação de 2, 7 milhões de passageiros no ano passado, o terminal do principal aeroporto do Norte do país passará por uma primeira etapa de ampliação e reforma.

As obras estão em fase de projeto e o processo de preparação de edital ainda não teve início. Os gastos previstos com a reforma giram em torno de R$ 327 milhões.

Aeroporto de Fortaleza



O terminal de passageiros do Aeroporto de Fortaleza foi inaugurado em 1998. Menos de 15 anos depois, ele passará por reforma e ampliação estimada em R$ 279 milhões. As obras do aeroporto da capital do Ceará ainda incluem adequação do sistema viário em torno.

O projeto que deverá tornar o terminal passível de receber as 6,4 milhões de pessoas previstas para 2014 ainda não tem data marcada para edital e abertura de licitação. Segundo a Infraero, as obras continuam marcadas para encerrar em agosto de 2013.

Fonte: Amanda Luz (Exame.com) - Fotos: Arquivo / Divulgação / Jonas Oliveira/Placar / Jorge Andrade/Wikimedia Commons

Os aeroportos das cidades-sede da Copa - 1

Em três anos o Brasil será o centro das atenções com a Copa do Mundo de 2014, veja em que pé estão os preparativos nos aeroportos do país

Aeroporto de Guarulhos


A principal porta de entrada do país, o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, registrou um movimento de 26, 7 milhões de passageiros no último ano, acima da sua capacidade de 17 milhões. Para desafogar as áreas de passageiros, a construção de um terceiro terminal é a obra de maior volume de investimentos prevista para o aeroporto, no valor de R$ 716, 6 milhões. A ampliação, com previsão de entrega para novembro de 2013, ainda está em fase de projeto.

Ao todo, a Infraero prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão na modernização e reforma do aeroporto (sem contar os R$ 740 millhões envolvidos nas obras do Aeroporto de Viracopos, em Campinas), com construção de novos módulos operacionais e pistas, que devem ficar prontos no ano que vem. Segundo o órgão, no entanto, a única obra que já se encontra em execução é a ampliação e revitalização do sistema de pistas e pátios, com previsão de conclusão para janeiro de 2012.

Aeroporto de Brasília



O Aeroporto de Brasília é o terceiro em movimentação no país, atrás de Guarulhos e Congonhas, com o embarque e desembarque de 14 milhões de passageiros somente no ano passado.

Os investimentos para a Copa totalizam R$ 748, 4 milhões, com previsão de projetos de reforma e ampliação do terminal de passageiros (1ª etapa), ampliação do sistema de pátio e aeronaves e do sistema viário.

Os projetos ainda prevêem, segundo a Infraero, construção de módulo operacional e edificações complementares. Por enquanto, tudo ainda está apenas no papel. O edital de licitação da primeira etapa da obra no terminal de passageiros foi publicado em dezembro último e a abertura das propostas foi feita em 5 de janeiro. As obras devem estar concluídas até julho de 2013, de acordo com a Infraero.

Aeroporto do Galeão, no Rio



A decisão final da Copa do Mundo deverá ser no Maracanã, como no campeonato de 1950. Para chegar lá e ver ao vivo o campeão levantar a taça, os brasileiros e turistas deverão passar por dois terminais de passageiros reformados e entregues desde o ano anterior, segundo a previsão da Infraero.

O projeto de reforma receberá R$ 687 milhões e já está em obras. As obras no primeiro terminal têm entrega marcada para dezembro de 2012 e o segundo para julho de 2013.

Aeroporto de Natal



Com investimentos de R$ 254 milhões previstos somente para a primeira etapa, Natal tem um novo aeroporto sendo construído na região metropolitana. As estimativas são de que a construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante consumirá, ao todo, R$ 577 milhões.

Segundo a Infraero, a primeira etapa será entregue em abril deste ano e a conclusão será conduzida pela iniciativa privada. No momento, a segunda etapa está em processo de assinatura de novo termo de Cooperação com o Exército.

O novo aeroporto irá substituir o atual Aeroporto Internacional Augusto Severo (na foto ao lado) como a principal porta de entrada do Rio Grande do Norte, que teve a movimentação de 1,8 milhão de passageiros no último ano. Como a construção será concluída pela iniciativa privada, a Infraero afirmou não dispôr da estimativa de capacidade do novo aeroporto após a conclusão das obras.

Fonte: Amanda Luz (Exame.com) - Fotos: Arquivo/Exame / Jonas Oliveira/Placar / Divulgação / Demis Roussos/Arquivo

8 dicas para aliviar o sufoco nos aeroportos brasileiros

De infraestrutura à gestão dos aeroportos, especialistas apontam algumas prioridades para que o Brasil receba bem os estrangeiros e trate bem seus próprios passageiros


Especialistas, autoridades e até Pelé, o garoto-propaganda da Copa de 2014, já se pronunciaram, desconfiados, sobre a questão dos aeroportos no Brasil. O tom do discurso é sempre o mesmo: não vai dar tempo de suprir as carências da precária infraestrutura até a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas, dois anos depois.

O governo corre contra o tempo. Nesta semana, prometeu dar um diagnóstico sobre os projetos de concessão de aeroportos à iniciativa privada em até 60 dias. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social vai avaliar a viabilidade econômica de três projetos, que preveem ampliar a capacidade dos aeroportos de Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas) e Brasília.

Entretanto, as maiores críticas de quem entende do assunto dizem respeito justamente à pressa. Não significa que o processo deva ser lento. O horizonte para o qual se olha é que não pode ser muito curto. Pequenos "remendos" na estrutura aeroportuária brasileira podem até resolver os problemas em 2014, mas vão gerar consequências mais graves nos anos seguintes.

Exame.com conversou com especialistas em transporte aéreo como Respício do Espírito Santo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Jorge Eduardo Leal, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; Anderson Correia, superintendente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), dentre outros, e reuniu dicas para aliviar o sufoco nos aeroportos do país. Eles abordaram temas como gestão dos aeroportos, infraestrutura e desburocratização da recepção dos visitantes.

Não pensar na Copa e nas Olimpíadas

Para o professor Respício do Espírito Santo, da UFRJ, a Copa do Mundo e as Olimpíadas não podem ser a motivação das obras em aeroportos. Se isto acontecer, serão feitos "remendos" que solucionam o problema temporariamente, mas criam outros ainda maiores no futuro. "Se formos construir agora para chegar a uma situação ultra confortável daqui a 10 anos, então, na época da Copa, a situação vai ser melhor do que se tentarmos apressar as coisas agora. Se fizermos obras pensando na Copa, em 10 anos estaremos perdidos."

Definir um plano de ação específico

Para o doutor em engenharia de transportes e superintendente da Anac, Anderson Correia, o governo precisa deixar de lado o "precisamos fazer isto, e aquilo..." e definir logo as prioridades. "Quais são as necessidades? Não tem nada fechado ainda. Não se sabe se vai haver terceiro aeroporto em São Paulo, se vão construir uma terceira pista no aeroporto de Guarulhos, ou se vão ampliar a capacidade de Viracopos. O tempo para fazer tudo isto é longo, e o governo ainda não bateu o martelo."

Trazer a iniciativa privada para perto

Desenvolver o setor aeroportuário brasileiro passa necessariamente por uma parceria com a iniciativa privada, como a própria Anac reconheceu. Um estudo da consultoria McKinsey mostra que seria interessante para o setor aéreo brasileiro ter parcerias entre governo e empresas para a reforma de aeroportos, a construção de novos, e a administração.

O problema é que o setor privado fareja roubadas à distância. Para que a parceria entre as empresas e o governo funcione, é preciso ter transparência e informações objetivas. "A iniciativa privada não entra em uma obra com custo estimado em um bilhão de reais, como é a do aeroporto de Guarulhos, sem conhecer todas as regras do jogo. Um bom exemplo é quanto ao futuro de São Paulo. As empresas vão querer saber se haverá um bom sistema de transportes ligando o aeroporto ao centro da capital, se haverá um novo aeroporto em São Paulo para concorrer com o de Guarulhos. Tudo isso é importante para que elas avaliem o retorno que terão do investimento", diz Anderson Correia, da Anac.

Segundo o diretor de infraestrutura da Anac, Rubens Carlos Vieira, a criação do novo órgão de cúpula da aviação brasileira, a Secretaria de Aviação Civil (Seac), vai ajudar neste esforço. A nova líder do setor vai se encarregar de direcionar os rumos para que o modelo de autorizações e concessões a empresas privadas ganhe mais espaço. O mais provável é que as futuras gestões sejam mistas, sendo improvável um aeroporto totalmente privado.

Conversar sobre tudo, e com todos

Um problema crônico do setor aéreo brasileiro, na visão do professor Respício, é o diálogo ruim entre todos os atores que compõem o cenário, tanto os públicos quanto os privados - a Anac, a Infraero, empresa que administra a maioria dos aeroportos brasileiros, as próprias companhias aéreas, dentre outros. Conversa-se pouco. A disposição para falar é grande, mas para ouvir, nem tanto. "Aqui no Brasil não se consegue trabalhar pelo negócio do outro. Todo mundo quer fazer o seu trabalho sem saber o que se passa ao seu redor. A Infraero hoje é incapaz de ajudar as empresas aéreas, e vice-versa."

Construir terminais móveis de passageiros

Os terminais móveis de passageiros seriam uma boa solução de emergência para os aeroportos brasileiros. E segundo o professor Jorge Leal, da USP, a urgência não tem ligação com a Copa do Mundo e as Olimpíadas. "Falo do que está acontecendo agora. Nos próximos anos o tráfego de passageiros vai aumentar muito, e toda solução que puder aumentar a capacidade é bem vinda." Leal afirma que a experiência com terminais provisórios foi bem sucedida em cidades como Atenas, Frankfurt e Lisboa. Nesta última, a construção foi feita para aliviar a demanda de passageiros que aumentou por causa da Eurocopa, disputada em Portugal em 2004. "Este terminal funcionou tão bem que de provisório não teve nada. Está lá até hoje."

O professor ressalta ainda que, se a opção for o terminal móvel, outras obras auxiliares devem ser consideradas. "Os terminais são boas escolhas, mas nunca sozinhos. É preciso investir em estacionamentos e novos pátios para as aeronaves. São ampliações fundamentais em aeroportos que já estão em situação complicada, como Guarulhos e Vitória."

Considerar a expansão do aeroporto em São José dos Campos (SP)

Segundo Anderson Correia, da Anac, o aeroporto de São José dos Campos, no interior de São Paulo, seria uma opção rápida para aliviar a pressão do excesso de passageiros. O aeroporto tem uma pista ociosa e com capacidade para a movimentação de grandes aeronaves. Seria preciso ampliar o pátio em que as aeronaves ficam estacionadas e o terminal de passageiros, obras que podem ser feitas em menos de três anos.

A distância entre o município e a capital paulista é de aproximadamente 100 quilômetros, o que poderia afastar os passageiros. Entretanto, para o superintendente da Anac, o risco de ociosidade depois que as obras de ampliação terminarem é baixo. "Fizemos um estudo mostrando que, se o terceiro terminal de Guarulhos não for feito, a demanda no aeroporto de São José vai passar para cinco milhões de passageiros por ano. Além disso, a ligação entre São José dos Campos e São Paulo por rodovias é boa. A cidade tem infraestrutura logística. Muitos turistas vêm para cá querendo conhecer Campos do Jordão e cidades do litoral, o acesso a estes lugares partindo de São José é fácil."

Investir em identificação inteligente para acabar com as filas

Aumentar a eficiência na recepção de passageiros não depende apenas de terminais maiores. É preciso investir em tecnologia para diminuir as filas e os inconvenientes, sobretudo em momentos de grande movimento, como os eventos esportivos dos próximos anos. Segundo o sócio-líder da área de imigração da consultoria Ernst&Young, James Egan, o governo brasileiro deveria considerar o uso de identificação biométrica de passageiros, como a leitura de impressão digital e de retina, além de passaportes inteligentes, dentre outras opções.

Criar postos avançados em aeroportos estrangeiros

Outra dica do especialista James Egan, da Ernst&Young é criar postos avançados de registro de visitantes estrangeiros em aeroportos fora do Brasil. Os escolhidos seriam, naturalmente, aqueles de onde mais partem voos para o país, como os aeroportos de Miami, Lisboa e Buenos Aires. Estes locais funcionariam como "observatórios das leis brasileiras". Neles, visitantes estrangeiros apresentariam seus vistos e todas as burocracias seriam cumpridas antes que ele embarcasse para o Brasil. Para isto, entretanto, o Brasil primeiro precisa modernizar suas embaixadas e consulados no exterior. Atualmente, segundo ele, um executivo perde 12 dias esperando por um visto de entrada no Brasil, o que significa um grande transtorno para quem tem que viajar frequentemente.

Fonte: Eduardo Tavares (Exame.com) - Foto: Jonas Oliveira/Placar/ Notícias sobre aviação.

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