O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) reuniu-se, na semana passada,
com a gerência de escalas da Gol para debater a forma como a empresa
vem gerenciando o acionamento do sobreaviso, horas de voos e chefes de
cabines.
O sobreaviso deve ter repouso de 12 horas após o seu término, podendo
ser prolongado por no máximo 12 horas, após seu início. Caso seja
acionado para um voo ou uma reserva, a apresentação deve ocorrer, no
mínimo, 90 minutos após a ligação da escala. Não deve existir o espaço
em branco, sem remuneração, entre o acionamento e a apresentação para a
nova programação desta. O limite para se manter de sobreaviso, sempre
será, de 12 horas, e após este período, o repouso deve ser de no mínimo
12 horas.
Caso a empresa acione o trabalhador para uma apresentação 6, 7 ou 8
horas após a ligação da escala, este deverá verificar se tem
regulamentação disponível para estender o sobreaviso, não ultrapassando o
limite de 12 horas. Se o funcionário for mantido de sobreaviso por esse
período até 90 minutos antes da apresentação, é garantido a remuneração
de 1/3 do valor da hora de voo, conforme Lei 7183/84.
O SNA cobrou, também, a reivindicação antiga da visualização das horas
de voo noturna, especial e diárias de alimentação nas escalas. Na
terça-feira, dia 19/03, o gerente de escala de tripulantes, Henrique
Baccarin, encaminhou a solicitação desta funcionalidade para a
Lufthansa, empresa que planejou o programa de escalas da Gol, que ficou
de dar uma resposta breve. O Sindicato segue cobrando da Gol
providências e quanto às diárias, e o departamento de Recursos Humanos
se comprometeu a iniciar o desenvolvimento de outra ferramenta para
disponibilizar aos tripulantes essas informações para facilitar o
controle.
Chefes de cabine base RIO-GOL
A gerência de escalas da Gol informou à entidade, que os chefes de
cabine transferidos no últimos meses para outras bases para fora de São
Paulo não obedeceram a composição exata de tripulações e sim a vontade
dos trabalhadores. Isto gerou muitos voos com saída programadas dessas
bases sem os chefes de cabine. Para a empresa, isso não deva ocorrer, já
a partir do mês de abril, visto que a empresa irá escalar esses
profissionais entre as bases.
SNA
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