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segunda-feira, 25 de março de 2013

Nas asas da Panair



Antes de decidir promover um ato sobre a finada Panair do Brasil, a Comissão da Verdade investigou, com auxílio de historiadores e pesquisadores, se realmente havia motivação política na decisão de cortar as asas da empresa em 1965 ou se o colapso foi por razões econômicas, muito comum nesse setor até hoje.

O relatório entregue à Comissão lembra que:

• A Panair pertencia aos empresários Mário Wallace Simonsen e Celso da Rocha Miranda. Os dois eram aliados de João Goulart, o presidente deposto pelos militares, e de Juscelino Kubitschek, que seria candidato a presidente se houvesse eleição como prometiam os militares. Simonsen e Miranda tinham recursos financeiros e empresas, como a TV Excelsior, que poderiam ajudar muito na campanha de JK.

• A empresa também não teria problemas de caixa. O Departamento de Aviação Civil sabia que a Panair estava fechando um acordo com a Air France, que injetaria ainda mais dinheiro na companhia e dispensaria qualquer tipo de subvenção.

• O juiz do processo de falência da Panair mandava semanalmente um relatório para o Serviço Nacional de Informações.

• Chamou atenção ainda da Comissão que a Varig estivesse preparada para voar para a Europa (até então ela só voava para os EUA) no mesmo dia em que as linhas da Panair foram cassadas. O brigadeiro João Paulo Burnier admitiu que a Varig transportou gratuitamente militares da Aeronáutica para montar o golpe de 1964.


Faz sentido.
(Márcia Vieira)
ANCELMO GÓIS

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