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sexta-feira, 3 de abril de 2009

Jereissati contesta jornal e explica uso de recursos do Senado em viagens


Tasso Jereissati (PSDB-CE) contestou ontem reportagem do jornal Folha de S. Paulo segundo a qual ele teria utilizado irregularmente sua cota de passagens aéreas disponibilizada pelo Senado para fretar jatos particulares e até comprar combustível para seu próprio avião. Ele classificou as acusações como "insinuações falsas" que visam manchar a sua biografia. Afirmou que se houver comprovação de alguma ilegalidade no uso da cota, ou do gasto pelo menos do equivalente à sua cota anual, devolverá esse valor em dobro.

O senador informou que ao longo dos seus seis anos de mandato fretou jatos para apenas sete viagens e que, hoje, tem um grande saldo de passagens aéreas ainda não utilizadas. Ele disse que consultou, por meio de ofícios, a Diretoria Geral do Senado sobre a possibilidade de utilizar a sua cota em fretamento de jato e que jamais solicitou seu uso para a compra de combustível do seu próprio avião ou conversou sobre esses assuntos com o então 1º secretário, Efraim Morais (DEM-PB).

– Não sei de onde o repórter tirou essa ideia. Estive com ele ontem [quarta-feira] e disse claramente que nunca pedi autorização especial. Apenas utilizei a burocracia normal, pública, transparente, fazendo ofícios ao diretor-geral perguntando se poderia utilizar a minha cota de passagens aéreas do mês respectivo para fretamento de viagens na empresa TAM, com toda clareza e toda transparência. Nada foi feito escondido e nunca usei um tostão sequer acima da minha cota – assegurou.

Maledicência

Jereissati estranhou o fato de ter sido "pinçado" dentre todos os senadores e deputados que também usam suas cotas para fretamento de jatos há pelo menos 20 anos, conforme levantamento solicitado por ele. Também negou que tenha se aproveitado de uma suposta brecha, que teria permitido ao 1º secretário autorizar a utilização das cotas sem consulta prévia à Mesa do Senado.

– A vida de um senador não se resume às viagens entre Brasília e o seu estado natal.

Há 15 dias estive em Roraima, onde fiz palestra sobre a questão da Venezuela. Na próxima semana, estarei em São Paulo, para debater o crédito. Quanto mais triangular for a viagem, mais difícil fica o deslocamento rápido. É hipocrisia tentar dizer que um senador só pode viajar entre seu estado e Brasília – afirmou.

Jereissati assinalou que as passagens aéreas a que os senadores têm direito não passam de uma ferramenta disponibilizada para facilitar o deslocamento por todo o país. Na sua avaliação, esse tipo de insinuação publicada pela Folha de S. Paulo não tem nada a ver com legalidade ou ilegalidade, mas com a tentativa de plantar suspeitas.

– É maledicência inaceitável. O que queriam é, dentro do espírito de maldade que permeou determinado grupo no Senado, tentar descobrir que esses recursos não eram para pagar o fretamento, mas uma tramoia, uma picaretagem para desviar recursos para pagar o combustível do meu próprio avião. É absolutamente ridículo. Era a essa denúncia que queriam chegar, mas não chegaram e não vão chegar nunca – afirmou.

Jereissati disse que há uma luta dentro do Senado, onde um grupo de senadores se insurgiu contra outro grupo que domina a Casa e é responsável pela montagem de "uma máquina descontrolada, à margem de todos os limites éticos, morais e administrativos". Ele frisou que o grupo insurgente está tentando pôr fim a esses procedimentos e, por isso, está ferindo, aborrecendo e criando inimigos "de mau caráter".
fonte: Jornal do Senado - DF

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