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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Anac quer aumentar operações em aeroporto do Rio



A presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, defendeu ontem o aumento das operações no aeroporto Santos Dumont e disse que a liberação de voos além da ponte aérea Rio-São Paulo não provocou nenhum esvaziamento do Galeão, como argumentava o governo do Rio.

Nos dois meses que se seguiram à medida, aplicada em março, o aeroporto recebeu 19% mais passageiros e 28% mais voos, em relação a 2008. Solange participou de audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.

No entanto, segundo a agência, nenhum destino deixou de ser atendido pelo Galeão e houve aumento também no aeroporto internacional: 4,1% no movimento de passageiros e 0,3% na quantidade de voos, em abril e maio, sobre o ano passado. Enquanto isso, em todo o Brasil, o fluxo de viajantes caiu 2,4%. Solange descartou revisar a abertura do Santos Dumont, criticada pelo governador Sérgio Cabral, e lembrou que a restrição para voos só da ponte aérea contrariava a lei de criação da Anac.

A experiência do aeroporto carioca reforça os argumentos da Anac, segundo avaliação da própria agência, para acabar com as restrições atuais da Pampulha, em Belo Horizonte. Desde 2005 o aeroporto mineiro só recebe voos executivos ou turboélices comerciais com até 50 passageiros - na prática, essa limitação tirou as grandes companhias de lá e a agência pretende derrubar essa restrição no segundo semestre.

Solange traçou um quadro de estabilidade para a aviação comercial em 2009, depois de vários anos seguidos de crescimento - muitos deles de dois dígitos. "A aviação brasileira, como o mundo todo, está sentindo os efeitos da gripe suína", disse. Fontes do setor comentaram que o fluxo de passageiros para Buenos Aires, um dos maiores focos da gripe na América do Sul, registra queda perto de 50%.

A presidente da Anac recebeu críticas do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que colocou em dúvida não só o estado da pista do Santos Dumont, como reclamou de "medidas liberalizantes" que podem "quebrar" as empresas do setor. Ele se referia à política de liberdade tarifária implementada pela Anac. A partir de 23 de julho, as aéreas poderão oferecer desconto de até 50% sobre o valor mínimo das tarifas em voos para a Europa, América do Norte, África e Ásia. Dornelles alertou para a prática de dumping por parte das companhias estrangeiras e advertiu que o órgão regulador não tem instrumentos para combater as práticas de concorrência predatória.

As condições da pista principal - a única em uso - do Santos Dumont foram alvo de recente denúncia do Sindicato Nacional dos Aeronautas. Segundo a entidade, a camada porosa do asfalto está vencida desde 2007 e eleva o risco de acidentes. A Infraero e a Anac negam. "Essa denúncia não tem o menor fundamento", reagiu o presidente da Infraero, brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva. "O Santos Dumont está perfeitamente dentro das normas de segurança", garantiu. Apesar disso, a estatal se programa para iniciar obras na pista principal em 1º de agosto. Haverá recapeamento total, com duração prevista de 60 dias, período em que os voos serão transferidos para a pista auxiliar.

Ao detalhar os planos da Infraero para a expansão e modernização dos aeroportos, Nicácio disse que a estatal se prepara para dar condições de uso do Airbus A380 - a maior aeronave de transporte de passageiros existente - no Brasil. Segundo ele, o futuro terminal 3 de passageiros em Guarulhos terá pontes de embarque simultâneo e um terceiro andar "só para passageiros vip", de classe executiva ou primeira classe, acomodados no andar de cima do avião. O Galeão também será reformado para receber o A380.
Valor Econômico

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