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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ponte aérea vê número de usuários dobrar em dez anos


A ponte aérea Rio-São Paulo completa 50 anos nesta segunda-feira em expansão
O número de passageiros da rota antes da década de 90 é desconhecido, mas, entre 1997 e 2007, dobrou. Passou de cerca de 2 milhões para 4 milhões por ano, diz a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Um dos brasileiros que acompanharam de perto a evolução foi a consultora de finanças Helena Campos, 47, habitué do trecho há 20 anos.

"São Paulo é bom para trabalhar, Rio é bom para morar", opina. "Adoto a ponte como meu caminho de casa." O advogado Agnaldo Dias Paes, 61, sente saudade da época em que era jovem e fazia sucesso com as aeromoças. Mas ele deixa o bom humor de lado ao falar sobre o serviço de bordo de hoje.

"A comida melhora e piora, não faz sentido. Quem depende de comida de avião vai acabar se dando mal", comenta. Sem concorrência para o mesmo público-alvo, o avião reina absoluto hoje em dia entre os executivos e pessoas de maior poder aquisitivo.

Mas, de acordo com especialistas, a ponte aérea está ameaçada pela promessa da construção, até 2014, de um trem-bala capaz de percorrer os 365 km entre as duas capitais em tempo semelhante ao do voo -cerca de uma hora. A tendência, dizem, é que parte dos usuários migre para o transporte ferroviário.

Um deles usa o exemplo europeu como termômetro. Ele diz que, segundo reportagem do blog da revista "The Economist", o trem-bala Londres-Paris, no ano retrasado, fez 70% das viagens da rota.

"A conquista de mais ou menos passageiros pelo trem dependerá de onde serão suas as paradas, pois os aeroportos Santos Dumont e Congonhas são bem localizados", analisa Alessandro de Oliveira, coordenador do Núcleo de Economia dos Transportes Antitruste e Regulação), do ITA. Passagens mais baratas, maior sensação de segurança, poltronas maiores e até um vagão-restaurante são algumas das vantagens do trem na comparação com o avião -as viagens duram uma hora e meia e uma hora, respectivamente, segundo Eduardo Artur Rodrigues Silva, da consultoria Mater, com 25 anos de experiência na área de aviação civil. "Por enquanto a ponte aérea continuará a crescer porque seus clientes fixos, executivos em sua maioria, precisam do serviço e não têm outra opção com rapidez semelhante", diz Silva. "Mas, se o trem-bala sair do papel, tudo muda de figura", diz Silva.

Electra

O modelo de avião mais usado nas décadas iniciais da ponte aérea Rio-São Paulo era o Electra. Com 10 m de altura, 30 m de envergadura e 31,81 m de comprimento, a aeronave transportava 104 passageiros.

Sua velocidade era 602 km/h, contra cerca de 800 km/h de um dos aviões de hoje, o Boeing 737-700. Com 12,5 m de altura, 34 m de envergadura e 33,6 m de comprimento, leva 149 pessoas.

Folha de S. Paulo

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