Em conferência de imprensa, o director de marketing e vendas da Ryanair para Espanha, Portugal e Marrocos anunciou ainda um reforço de 140 para 210 milhões de dólares (de 100 para 146 milhões de euros) do investimento na futura base da companhia no Porto - com início de operação agendado para Setembro - em resultado da aquisição por 70 milhões de dólares (48,6 milhões de euros) de um terceiro avião a sedear no Aeroporto Sá Carneiro.
Segundo Luis Fernández-Mellado, os voos entre o Porto e Faro ocorrerão às segundas, quartas e sextas-feiras e aos domingos.
A partir de 27 de Outubro, a Ryanair lançará ainda duas outras novas rotas para a Alemanha a partir do Porto, para Dusseldorf e Baden Baden, com três frequências semanais às terças e quintas-feiras e aos sábados.
Os bilhetes para as novas rotas para Faro, Dusseldorf e Baden Baden estarão à venda na Internet a partir de quinta-feira, sendo que até sexta-feira estarão disponíveis um milhão de lugares a um euro, incluindo taxas de aeroporto, para voos em Outubro e Novembro.
No total, a Ryanair passará a operar 21 rotas no aeroporto do Porto, responsáveis pelo transporte de 1,8 milhões de passageiros/ano.
Questionado sobre a possibilidade de a Ryanair vir a lançar um segundo voo doméstico a partir do Porto, com destino a Lisboa, Luis Fernández admitiu que "tudo pode acontecer no futuro".
"A Ryanair está a fazer uma grande aposta no Porto e a expandir-se por toda a Europa, arrancando com novas rotas todas as semanas", disse, acrescentando que, "como o Porto passou a ser uma base (da companhia), é muito provável que vão abrindo novas rotas".
No início de Julho, o director de comunicação da Ryanair na Europa, Daniel de Carvalho, considerou que a rota Porto/Lisboa "não deixará de ser interessante" quando as obras de expansão previstas permitirem diminuir os actuais condicionamentos do Aeroporto da Portela.
Relativamente ao impacto da crise económica nos resultados da Ryanair, Luis Fernández afirmou que esta está a assumir-se como uma "oportunidade" para a companhia "crescer e aumentar o número de passageiros".
"Em 2008 transportámos 57 milhões de passageiros na Europa e, em 2009, esperamos transportar 67 milhões, mais nove milhões, dois dos quais em Portugal", disse Luis Fernández.
Segundo recordou, entre Abril e Junho a companhia aumentou o lucro em sete vezes, para 136,5 milhões de euros, devido à diminuição do preço dos combustíveis e ao aumento de 11 por cento nos passageiros transportados.
Ainda assim, as receitas mantiveram-se estáveis, nos 775 milhões de euros, tendo o presidente do conselho de administração da 'low cost', Michael O'Leary, revisto em baixa as previsões do lucro no exercício 2009/2010 (que termina a 31 de Março) de 300 para 200 a 250 milhões de euros.
O'Leary salientou, contudo, que o modelo de tarifas baixas da Ryanair demonstrou ser um êxito em tempos de crise, permitindo à companhia continuar a reportar lucro, quando muitos dos concorrentes registam quebras no volume de passageiros e "quedas substanciais" dos resultados.
Lusa
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