O dia será decisivo para o Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, em Joinville. Hoje, técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) vão vistoriar a área em que o terminal está instalado. O objetivo é conferir se as árvores de mais de 27 metros que atrapalhavam os pousos e decolagens não são mais obstáculos às operações.
No sábado, a empreiteira Kalb recomeçou o corte na cabeceira 15 da pista, próximo ao rio Cubatão. Cerca de 70% dos 117,5 mil m² já foram cortados.
O trabalho foi retomado depois que os moradores Ruth e Laudônio Paradela autorizaram o acesso à sua propriedade, na sexta-feira pela manhã. "Eles cortaram as árvores mais altas no sábado. Agora, falta pouco", disse Laudônio.
Desde 22 de setembro, o Aeroporto de Joinville está trabalhando com restrições para pousos e decolagens à noite e em dias de chuva. Como resultado, a TAM suspendeu o voo noturno com destino a Congonhas. A Gol chegou a retirar uma frequência em função da determinação da Aeronáutica, mas retomou as operações assim que o horário de verão entrou em vigor.
De acordo com o superintendente do aeroporto, Sérgio Santiago, o resultado da vistoria deve sair hoje mesmo. A visita foi solicitada pela Infraero no começo da semana. "Fizemos todo o trabalho para que os técnicos viessem o mais rápido possível", disse.
Além das árvores, que tiveram o corte suspenso no dia 5 de novembro, outra restrição ao pousos e decolagens são postes em um clube de futebol no entorno do aeroporto. De acordo com Sérgio, eles têm mais de 5 metros de altura e estão em posição que atrapalha o movimento das aeronaves.
Apesar do acordo, na cabeceira 33 e nas laterais ainda há processo de negociação entre os moradores e a Prefeitura. Um grupo de 12 proprietários quer indenização por desapropriação indireta.
A Notícia - SC
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