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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Acidentes aéreos aumentam procura por serviço de personal flyer

Trabalho consiste em acompanhar um ou dois passageiros durante o vôo.
Profissional cobra US$ 100 para cada hora de vôo ao lado do cliente.

Foto: Divulgação
Divulgação
Personal flyer acredita que o medo está associado à falta de informação (Foto: Divulgação)




Acidentes aéreos, como a queda do Boeing da Gol e o desastre da TAM, ocorridos nos últimos 12 meses, colaboram para ampliar o número de pessoas que têm medo de utilizar o avião como meio de transporte. Com isso, a contratação do serviço de personal flyer cresce no país. O trabalho consiste em acompanhar um ou dois passageiros durante o vôo, procurando orientá-los.

Luiz Bassani, ex-comandante master de Boeing 767, realiza a atividade desde 2003. Segundo ele, a procura pelo serviço cresceu 25% desde o acidente da Gol, ocorrido há um ano. “Sem dúvida estes últimos acidentes ajudaram para que a minha atividade fosse mais procurada”, afirma.


Durante a viagem ele explica, por exemplo, que a turbulência, o medo mais freqüente entre os passageiros, não deve causar preocupação. De acordo com Bassani, na maior parte das vezes, o temor está associado à falta de informação. Para suprir isso, ele também oferece palestras explicando como funciona o avião.



Bassani cobra US$ 100 para cada hora de vôo, além das despesas de passagem e deslocamento até o aeroporto.


Motivos profissionais

Bruno Rolf Stigger, de 52 anos, tinha pânico para andar de avião depois de enfrentar um vôo com turbulências em 1985. “Fiquei dois anos sem entrar num avião. Precisei voltar a andar porque trabalho em uma agência de viagens, mas sempre ficava tenso”, afirma.

Em 2005, ele procurou o serviço do personal flyer, com quem viajou de Florianópolis a São Paulo. “Ele me ajudou explicando a parte operacional do vôo. Então pude ver que tinha que encarar a situação de forma racional e não emocional”, diz. Depois de dois vôos, já viajou sem a ajuda do personal flyer. “Consigo embarcar sem medo, converso com a pessoa que está no assento do lado, vou ao banheiro. Antes não conseguia fazer nada disso, ficava estático”, conta.

Popularização

Nos últimos anos, os vôos de baixo custo oferecidos pelas companhias aéreas popularizaram o avião como meio de transporte. “Antes mesmo dos acidentes, a procura já vinha aumentando. Com as passagens mais baratas, cada vez mais as pessoas precisam viajar de avião para fins profissionais, por exemplo”, afirma Neuza Corassa, diretora do Centro de Psicologia Especializado em Medos (Cpem).

Entre os medos listados pelo Cpem, o das viagens de avião é o segundo mais citado, ficando atrás somente do medo de dirigir.
G1

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