PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM
PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

terça-feira, 6 de abril de 2010

Destroços de avião na floresta


Peças do Boeing da Gol, após 3, 5 anos, continuam em reserva.

Três anos e meio após o acidente do voo 1907 da Gol, que vitimou 154 pessoas no Norte de Mato Grosso, continua a impactar a região. Índios que vivem na reserva Kapot/Jarina querem a retirada dos destroços do Boeing da floresta, sob a alegação de que a água ficou contaminada após o acidente. "Bebemos água com gosto ruim. A pesca e a caça na região estão ruins também. Já pedi para tirar tudo de lá e até agora ninguém foi fazer alguma coisa. O lugar é reserva indígena que precisa ser preservada”, disse cacique Raoni Metuktire, da tribo kaiapó.

Tanto a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Mato Grosso enviaram à Fundação Nacional do Índio (Funai), na segunda quinzena de março, um relatório com informações sobre os problemas ambientais registrados pelos índios na região do acidente (diga-se, ocorrido em setembro de 2006). A Funai de Colíder (MT) informou que vai fazer um estudo ambiental na região para avaliar os danos provocados pela queda da aeronave e pela presença das peças do avião no local. Já a assessoria do governo estadual informou que só após análise do documento é que técnicos ambientais poderão dizer o que deverá ser feito na reserva indígena.

A área onde ocorreu o acidente com o avião da Gol tem 6.350 km² e abriga cerca de mil índios das aldeias Kapot, Metuktire e Piaraçú. "Nenhum índio pisou no local desde a expedição feita em 2007 com o coronel Marcos Marinho, marido de uma das vítimas da queda do avião", conta Raoni. O local ficou fechado desde então, afirmou o cacique.

Em nota, a Gol informou que contratou uma empresa para estudar o impacto ambiental causado dos restos da aeronave e que o laudo não só apontou a inexistência de dano permanente, como concluiu que qualquer tentativa de retirar os destroços causaria novos danos, já que seria necessária a abertura de outras clareiras, com derrubada de árvores. A Força Aérea Brasileira (FAB), por sua vez, informou que os destroços pertencem ao proprietário da aeronave e não tem atribuição legal de fazer retirada das peças do local do acidente.

eptv

Nenhum comentário: