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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

LATAM: O FUTURO NO PRESENTE


A LATAM é mais brasileira ou é mais chilena? Ou seria meio-a-meio? Quais os detalhes da engenharia financeira elaborada para dar sustentação à criação da LATAM? A chilena LAN e a brasileira TAM fizeram uma “união” ou uma “fusão”? Na minha visão, com toda sinceridade, estas perguntas pouco importam; as respostas, então, importam menos ainda.

Sou daqueles que não vê a aviação civil como uma atividade de “soberania nacional”, como uma atividade pautada pela “defesa dos interesses nacionais”. Sou daqueles que tem convicção de que outros setores da economia são muito mais estratégicos do que a aviação, tais como energia, água e saneamento, educação, saúde e telecomunicações. Se muitos destes setores são hoje capitaneados por grandes empresas estrangeiras ou têm significativo volume de investimentos estrangeiros – e hoje funcionam muito melhor do que quando eram estatais ou estavam sob as rédeas unicamente de brasileiros – quem sou eu para condenar os chilenos se eles forem maioria na LATAM, ou mesmo na própria TAM?

Vejo a formação da LATAM como uma “jogada de mestre”, uma “movimentação” estratégica com olhos e objetivos tanto no presente como no futuro de médio e longo prazo. Ao mesmo tempo em que as duas primeiras empresas sul-americanas em receitas e volume de passageiros (TAM e LAN) deixaram a terceira colocada subir para segundo (a Gol), este segundo lugar agora está muito mais distante do primeiro do que quando era do terceiro para o segundo. As empresas emergentes, tanto as novas de fato (Azul, Trip) como as em reorganização e/ou em fase de reposicionamento estratégico (Webjet, Aerolineas Argentinas, TACA/Avianca), também ficaram muito mais distantes do primeiro posto do que nunca.

Ora, imagine o leitor na posição de um CEO de uma destas empresas citadas após o anúncio da união LAN com TAM… Como fica todo aquele posicionamento e planejamento estratégico que haviam elaborado ou estavam elaborando? E como ficam as estratégias de marketing, de segmentação do mercado, de resposta e contra-resposta aos maiores concorrentes, se dois destes maiores concorrentes agora começam a trabalhar em equipe e estão num primeiríssimo lugar muito mais alto, muito mais distante?

Dias antes do anúncio da formação da LATAM comentei com uma jornalista de Brasília que as fusões, aquisições e o aumento significativo de capital estrangeiro estavam aí para ficar e que iriam movimentar ainda muito mais os mercados pelo mundo. E citei o exemplo da Delta e da Northwest como um “casamento” que tem tudo para dar muito certo; de quebra, falei que a TAM e a LAN, juntas, seria um movimento muito interessante de se ver. Isso foi na 4ª-feira 11 de Agosto. No dia 13, a LATAM era anunciada.

Não tenho bola de cristal, ninguém tem. Contudo, alguns sinais já apontavam (e outros, ainda apontam…) para alguns “namoros” e “casamentos” entre empresas aéreas brasileiras, latino-americanas, européias, asiáticas, norte-americanas…

O fato é que muito ainda pode (e deve) acontecer em termos de uniões, fusões e aquisições. E muito ainda podemos falar sobre aqueles tais sinais, sobre estas possibilidades…

céus abertos

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