Devido  a uma disputa legal entre o espólio de uma construtora alemã e o  governo tailandês, Boeing do príncipe herdeiro da Tailândia foi  apreendido em Munique. Avião continuará retido até decisão judicial.
Para tentar solucionar a controvérsia em  torno da apreensão do avião do príncipe herdeiro tailandês no aeroporto  de Munique, a vice-ministra alemã das Relações Exteriores, Cornelia  Pieper, recebeu na sexta-feira (15/7) o ministro do Exterior da  Tailândia, Kasit Piromya, em Berlim.
Pieper declarou sentir muito "pela  inconveniência causada ao príncipe herdeiro devido à apreensão do  avião", mas disse que "o caso se encontra nas mãos da Justiça". Em  declaração, o ministério em Berlim afirmou que o caso não deve afetar as  boas relações entre os dois países.
Dívida em aberto
Na última terça-feira, o Boeing  737, pilotado várias vezes pelo próprio príncipe herdeiro tailandês,  Maha Vajiralongkorn, foi apreendido por ordem judicial no aeroporto de  Munique, a pedido do administrador da insolvência da construtora alemã  Walter Bau, Werner Schneider.
O motivo são dívidas que o Estado  tailandês teria com a empresa, devido à construção de uma via expressa  de 26 quilômetros para o aeroporto Don Muang, em Bangcoc. A briga  judicial começou há mais de 20 anos.
Segundo Werner Schneider, "houve  várias violações de contrato por parte do governo tailandês". Em 2007,  acresceu Schneider, a construtora já insolvente entrou com pedido de  reparação de danos, que já somam 30 milhões de euros. O governo  tailandês, no entanto, se recusou a pagar, explicou Schneider.
De quem é o avião?
Em entrevista à TV pública alemã  ZDF, o ministro do Exterior Kasit afirmou que, diferentemente do  relatado por Schneider, o avião não pertenceria ao governo tailandês,  mas "a uma pessoa em nome do príncipe".
Ele acrescentou que seu governo  "não está contente" com a conduta do representante da construtora Walter  Bau, especialmente porque a Tailândia não pretende abdicar da sua  responsabilidade de respeitar as exigências do administrador.
Na conversa com Kasit, Pieper  declarou ter feito alusão "aos repetidos pedidos feitos por membros do  governo em Berlim e do Ministério do Exterior alemão ao governo  tailandês para que pagasse a dívida em aberto com o administrador da  insolvência".
"Tendo em vista a apreensão do  avião e a exigência do administrador da insolvência", Cornelia Pieper  disse esperar que o caso seja resolvido rapidamente.
desástres aéreos
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