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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Procuradoria vai apurar falha de segurança da Noar

A empresa Noar Linhas Aéreas começou a operar em junho de 2010 e se especializou em pequenos percursos a preços reduzidos. Foto: Denio Rodrigues/vc repórter
As caixas-pretas da aeronave estão queimadas e serão encaminhadas ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)

O Ministério Público Federal (MPF) de Pernambuco abriu inquérito para apurar as causas da queda do avião da Noar Linhas Aéreas, que matou 16 pessoas no Recife no dia 13. O procurador da República Marcos Antonio da Silva Costa pediu à Justiça Federal que "investigação, processo e julgamento" relacionados ao acidente sejam de competência da União.

O caso também é tema de inquérito da Polícia Civil. O delegado Guilherme Mesquita quer ouvir, ainda nesta semana, donos e funcionários da empresa. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou ontem que fará auditoria na empresa.

Anteontem, a agência mandou suspender os voos da companhia depois de receber da Rede Globo cópias de anotações de pilotos sobre problemas técnicos em uma das aeronaves. Essas observações deveriam estar no Relatório Técnico de Aeronave (RTA). "Aparentemente existia um RTA fantasma, que não registrava oficialmente as panes", disse ao Estado o piloto de uma das principais companhias brasileiras.

Resposta da Noar

A companhia Noar Linhas Aéreas emitiu na noite de segunda-feira afirmando que o registro auxiliar da aeronave PR-NOA foi furtado. A empresa alega que percebeu a falta do caderno de notas na sexta-feira (15). Conforme a assessoria, foi feito um boletim de ocorrência na delegacia de Boa Viagem.

Segundo a companhia, todas as percepções e relatos dos tripulantes sobre as condições das aeronaves são tratados com responsabilidade e solucionados pelos especialistas em manutenção. A empresa também afirma que, "assim como já fazia", continuará a cumprir todas as determinações da Anac.

Segundo a empresa, isso foi feito desde a sua homologação como empresa aérea regular. A Noar diz que sempre operou aeronaves homologadas pelos órgãos competentes. A companhia se põe à disposição das autoridades aeronáuticas Cenipa e Anac e diz que voltará a se manifestar sobre esse assunto apenas após posicionamento da Anac.

Familiares das vítimas

Na nota, a companhia afirma também que desde o primeiro momento após o acidente aéreo ocorrido no último dia 13, no Recife, sua a prioridade tem sido prestar todo o apoio necessário aos familiares das vítimas. A Noar acrescenta que continua fazendo isso de várias formas, como disponibilização de transporte, hospedagem e acompanhamento de equipe multidisciplinar (psicólogos, médicos, assistentes sociais).

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