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quarta-feira, 27 de março de 2013

Museu da Aviação de Warner Robins terá que se adaptar aos cortes de gastos da USAF



B-52 no museu - foto B Cabell
Pela primeira vez em sua história de 29 anos, o Museu da Aviação terá o seu acervo reduzido. O museu deve se livrar de 29 aviões e três mísseis, que representa cerca de um terço de seu acervo.

O diretor do museu, Ken Emery, disse que a triste decisão se deve em grande parte aos cortes de pessoal da Força Aérea em 2011, que eliminou oito cargos civis no museu, a maioria dos quais eram especialistas em restauração.

O museu não dispõe de pessoal suficiente para manter adequadamente as aeronaves, especialmente aquelas expostas ao ar livre, disse Emery.

“Desde que começamos, nós só crescemos”, disse Emery na semana passada quando ele mostrou alguns dos aviões programados para descarte. “Esta é realmente a primeira vez que tivemos que tomar decisões reais em reduzir o tamanho da coleção para preservar a qualidade versus quantidade”.

Alguns dos aviões que serão descartados não representam grande perda, mas outros serão certamente. Provavelmente, o mais notável é o B-52 Stratofortress, um ícone da Guerra Fria e uma dos maiores aviões no museu. De longe, o avião parece estar em boa forma. Mas Emery mostra locais na sua parte inferior que precisam de tratamento (ver foto acima). Alguns dos pontos estão cobertos por pintura feita sobre fitas.

museu robins
Reparos em aviões deste porte são muito caros, disse Emery, e continuarão a demandar muitos homens-hora por ano para a correta manutenção. Em última análise, ele acrescentou, nenhum avião exposto ao ar livre dura para sempre.

Ele disse que o B-52 é o avião que ele mais sente em se desfazer, mas não havia muita escolha: “O avião está lentamente se deteriorando por ferrugem. Mesmo se eu investir um monte de dinheiro e colocá-lo em boas condições, ele ainda permanecerá do lado de fora.”
Outro avião notável que o museu deve se desfazer é o Stratotanker EC-135. O grande avião branco ao lado do estacionamento parece uma aeronave comercial. O EC-135 é uma aeronave de reabastecimento aéreo, mas este do museu foi modificado e serviu ao general Norman Schwartzkopf quando ele conduziu a Operação Tempestade no Deserto.

Alguns dos aviões devem ser desmontados e outros serão enviados para museus privados, enquanto outros estão sendo enviados para as instalações da Força Aérea no Arizona. O Museu Nacional da Força Aérea determina o destino da aeronave, e cerca de metade deles ainda não tem destino certo.
Para aqueles que seguirão para museus privados, eles pagarão pelos custos de desmontagem e transporte. E é por isso que os aviões de grande porte, como o B-52 e EC-135 serão desmontados. O custo de transportá-los seria enorme, demais para a maioria dos museus.

Oito aviões e um míssil já se foram, e alguns outros estão sendo desmontado. Emery acredita que o processo todo levará cerca de um ano antes de todos os aviões da lista serem retirados. O B-52 deve ser removido no final deste ano. Um maquinário especial será usado para cortá-lo e esmagá-lo.
Alguns dos aviões que serão removidos estão em hangares. Embora estes aviões não demandem manutenção, Emery disse que vai liberar espaço para mover para dentro outros aviões que o museu considera mais significativo.

O lado positivo de tudo isso, disse ele, é que o museu estará em melhor posição para adquirir aeronaves mais raras. O museu há muito procura por um bombardeiro B-17, famoso avião  da II Guerra Mundial, conhecido como “Fortaleza Voadora”. Ao libertar espaço em hangares e garantir uma coleção não muito grande para a equipe manter, Emery espera que o Museu Nacional da Força Aérea doe um B-17. A Força Aérea tem 16 B-17 em seus museus em todo o país, e nove delas estão ao ar livre. O Museu de Aviação argumentou, sem sucesso até agora, que um deles deveria ser movido para cá.

Um dos administradores do condado de Houston, Tom McMichael, que faz parte do conselho do museu, disse que acredita que a redução do acervo é um movimento certo e vai beneficiar o museu, a longo prazo. Ele disse que o museu teve dois aviões do mesmo modelo em alguns casos:  “Uma das coisas que estamos tendo que fazer é ser um pouco mais eficientes. Era uma espécie de ganha-ganha. Havia um monte de coisas estocadas”.

Veja abaixo a lista de aeronaves que serão (ou já foram) descartadas:
B-52D Stratofortress
WB-57F Canberra*
RB-69A Neptune
C-60A Lodestar
C-119C Flying Boxcar
EC-121K Constellation
C-130H(YM) Credible Sport*
EC-135N Stratotanker
F-84E Thunderjet
F-86H Sabre*
F-89J Scorpion
F-94A Starfire*
F-100F Super Sabre
RF-101C Voodoo
F-101B Voodoo
F-104A Starfighter*
F-105G Thunderchief
F-4C Phantom
TH-13M Sioux*
HH-34J Choctaw
HH-43A Huskie
TG-4A Yankee Doodle
AT-11 Kansan
T-28A Trojan
T-38A Talon
T-39A Sabreliner
U-4 Aero Commander*
X-25A Gyro-copter
BAE MK53 Lightning*
Mísseis:
CGM-13 Mace*
GTD-21B
AGM-28B Houndog
FONTE: The Telegraph (tradução e adaptação Poder Aéreo a partir do original em inglês)
SITE DO MUSEU: http://www.museumofaviation.org
NOTA DO EDITOR: o diretor do Museu da Aviação Robins está certo. Aviões ao ar livre não duram para sempre. Caso ele tenha a oportunidade de ir a Bebedouro, constatará isso “in loco” (veja links abaixo).

PODER AÉREO

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