A infraestrutura aeroportuária, ainda que só tenha olhos para o conforto
dos passageiros, dos parentes, amigos e fâ clubes que vêm despedir-se
daqueles que viajam, por trás dos tapumes, escondem uma situação de
doença crônica, que é facilmente desvendada pela mídia em suas
manchetes:
CAI TETO DO NOVO TERMINAL DE PASSAGEIROS; AEROPORTO DE
SALVADOR É INVADIDO POR ENXURRADA; GOTEIRAS NO AEROPORTO DE BRASÍLIA;
AEROPORTO DE VITÓRIA SOFRE NOVA DERROTA; NOVO AEROPORTO DE GOIÂNIA SE
DETERIORA NO MEIO DO MATO; AEROPORTO DE CONGONHAS PERDE 300 METROS DE
PISTA DEVIDO DESRESPEITO À ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMO; ...e muito
mais.
Lutaram tanto pela desmilitarização da Aviação Civil para então politizá-la.
É isso que estavam querendo? É esse modelo de clube dominado por
partidos políticos que pretende melhorar o transporte aéreo no Brasil?
Uma coisa ninguém pode negar, ainda que eu seja a favor de uma condição
totalmente civil na aviação, se os militares tivessem à sua disposição a
verba que já foi despejada no setor nos últimos anos, certamente
estaríamos entre os países com os maiores e mais operacionais aeroportos
do mundo. Digo também que, se quisermos correr atrás do prejuízo, temos
agora que DESPOLITIZAR a Aviação Civil Brasileira, entregando-a em mãos
tecnicamente habilitadas, de grandes valores "apartidários" espalhados
pelo País e repatriar outros tantos que tiveram seu valor reconhecido no
exterior.
É preciso pensar sim em investimentos de longo prazo, mas não é
admissível que se use essa desculpa para abandonar a atual estrutura de
base, ou tratá-la com pouco caso, pois em aviação, um minuto é muito
tempo, um ano é uma eternidade.
Celso BigDog
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