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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Cidade aeroporto é aposta do Vetor Norte

Quando os voos comerciais foram transferidos do aeroporto da Pampulha para o de Confins, poucos poderiam vislumbrar a importância da mudança para o desenvolvimento do Vetor Norte. A construção da Linha Verde, a atração de voos nacionais e internacionais e uma série de projetos fazem parte da implantação do conceito de aerotrópolis (cidade-aeroporto) na região. Apesar de pouco conhecido, o projeto é a promessa para diversificação da economia do estado e de crescimento do entorno da região para atrair empresas de setores estratégicos.


Estudo elaborado pelo norte-americano John Kassarda, em 2004, definiu 36 pontos a serem priorizados pelo governo de Minas para que o projeto decolasse. Entre outros, à época era preciso a construção de uma via rápida e a busca por voos para o desenvolvimento. Mas falta muito a ser feito para o projeto, principalmente para que o aeroporto sirva de vetor para novas empresas, devido à facilidade logística e áreas de livre negócio.

Em palestra sobre o tema, o superintendente de Projetos Especiais do governo de Minas, Danilo Colares Moreira, disse que o projeto está em implantação, mas os resultados devem ser mais efetivos com a concessão do aeroporto, dada a agilidade da iniciativa privada diante da burocracia do poder público. “O aeroporto é a peça mais importante. Tínhamos que ordená-lo primeiro e agora partimos para outra etapa”, comenta Moreira. A avaliação é que a implantação do polo aeronáutico em Lagoa Santa e até mesmo a construção da Six Semicondutres, em Ribeirão das Neves, facilitarão a atração de empresas para o entorno.

Concorrência
O consultor do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia de Minas Gerais (Sinaenco-MG) Jorge Hori é que Minas precisa divulgar melhor o projeto para evitar que vizinhos interessados nessas empresas se antecipem e fechem acordos. Para ele, BH é a cidade brasileira com melhores condições para desenvolvimento do projeto, dada a disponibilidade de áreas nas proximidades do aeroporto e o baixo custo do terreno. Em Brasília e Campinas, concorrentes diretos, o fator complica a instalação de indústrias nos arredores. “Não é um projeto urbanístico e, sim, econômico, de atração de investimentos. É preciso desenvolver competência para atrair os investimentos”, afirma Hori.

EM.COM.BR

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