Militares retiram da pista de Porto Príncipe avião da FAB que sofreu pane em turbina (Foto: Alban Mendès de Leon/Minustah/UN)
Umo mutirão engenheiros brasileiros, chilenos e equatorianos trabalhou durante toda a madrugada com guindastres para a retirada do aeronave da área. Técnicos avaliam agora se a aeronave poderá continuar operando.
Desde o acidente, quando uma pane em uma das turbinas provocou fogo e o piloto abortou a decolagem, a aeronave, um KC-137 (Boeing 707), ficou caída na lateral esquerda da pista, que passou a operar com restrições. Ninguém ficou ferido.
O aeródromo do Aeroporto Internacional Toussaint Louverture, em Porto Príncipe, tem cerca apenas uma pista, de asfalto, da qual operam companhias de rotas diárias com destino aos Estados Unidos e Caribe.
Um avião de menor porte, C-130 Hercules, chegou a capital haitiana por volta das 22h30 (horário de Brasília) de segunda para trazer ao Brasil os militares do Exército que deveriam retornar ao país no domingo, segundo o centro de comunicação social da FAB.
Avião da FAB ficou de barriga no Haiti
(Foto: Thony Belizaire/AFP)
Como C-130 é de menor porte, será necessário mais voos para trazer a
tropa de volta. O avião decolou, com destino a Manaus (AM), ainda na
noite de segunda cerca de 60 soldados a bordo. Em Manaus, dois aviões
Amazonas C-105 dividiram a tropa: um seguiu para Fortaleza e outro para
Brasília e Rio de Janeiro.(Foto: Thony Belizaire/AFP)
O C-130 retornou já a Porto Príncipe, de onde decola na noite desta terça com o restante dos soldados.
O acidente
Técnicos da FAB chegaram ao Haiti no C-130 para acompanhar os trabalhos de remoção do KC-137 e a investigação do acidente. Segundo a FAB, um problema técnico durante a corrida de decolagem obrigou o piloto a abortar. A aeronave derrapou, o trem de pouso dianteiro quebrou e o avião ficou de barriga na grama, na lateral da pista.
A aeronave decolava com 143 pessoas (131 passageiros e 12 tripulantes), todos militares do 17º contingente do Exército na missão de paz da ONU no Haiti (Minustah), que retornavam ao Brasil após seis meses de trabalho. Os soldados integram o 2º Batalhão do Exército na operação de paz, que encerrou as operações em abril devido à redução de contingente das Nações Unidas.
Segundo o coronel Paulo Queirós, da divisão militar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que apura o caso, o problema em uma das turbinas provocou a suspensão do voo. A turbina não chegou a explodir, informou o oficial.
O KC-137 ficou conhecido como Sucatão após servir a presidência da República e ser aposentado.
Engenheiros trabalharam durante a madrugada para retirar avião de parte da pista (Foto: Alban Mendès de Leon/UN/Minustah)
G1
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