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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Nova torre começa a funcionar no aeroporto de Congonhas

Seis anos depois de ser anunciada, a nova torre de controle do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, finalmente entrou em funcionamento

Pista principal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo
Pista principal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo

São Paulo - Seis anos depois de ser anunciada, a nova torre de controle do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, finalmente entrou em funcionamento.

Com 40 metros de altura - o dobro da estrutura atual -, a torre deverá acabar com os pontos cegos e oferecer melhor visibilidade das pistas e do pátio de aeronaves para os controladores que ficam no local.
A mudança aconteceu na semana passada e ainda não foi anunciada oficialmente pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
A torre antiga ainda está servindo como uma espécie de "back up" da nova e continuará assim pelo menos por mais um mês, enquanto todos os ajustes de aparelhagem e sistema são feitos.

Além da altura, a localização da nova torre também vai facilitar o trabalho dos controladores. Ela ficará em uma posição mais central, permitindo uma visão ampla de todo o sítio aeroportuário.
A antiga era considerada adequada, mas ficou obsoleta com o aumento do tráfego aéreo - Congonhas é o único aeroporto do mundo a ter um controlador específico para monitorar pousos e decolagens de helicópteros, por exemplo.

Mais aviões
A modernização do controle de tráfego de Congonhas também se torna mais urgente à medida que o governo federal estuda uma reformulação geral no uso do aeroporto.

Tanto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quanto a Secretaria de Aviação Civil (SAC) querem tirar slots (horários para pouso e decolagens) das companhias que utilizam mal o espaço, ou seja, atrasam ou cancelam determinados voos de maneira recorrente.
SAC e Decea também estudam dar à aviação comercial os 4 slots da aviação geral, que são usados hoje por jatos e helicópteros. Assim, todas as 34 movimentações (pousos ou decolagens) por hora ficariam com os aviões comerciais. Às aeronaves particulares restariam apenas os chamados "slots de oportunidade" - horários vagos do aeroporto.

Fontes ouvidas pela reportagem veem com ressalva o aumento do tráfego em Congonhas, já que faltariam estrutura e segurança para mais passageiros. "Se você coloca mais voos e o aeroporto fecha por causa de uma chuva, o transtorno passa a ser muito maior do que já é", disse uma pessoa do setor.

Atrasos
Prometida pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) desde o acidente com o Airbus da TAM que matou 199 pessoas, em 2007, a obra da nova torre de controle só teve início dois anos depois. O orçamento inicial, de R$ 11 milhões, saltou para R$ 14,5 milhões.
A promessa era de que ficasse pronta em 2010, mas a Infraero só comprou os equipamentos necessários em 2011 e eles levaram mais um ano para ser instalados. Mesmo com o projeto da nova torre, a antiga chegou a passar por reformas. Quando for desativada, não será demolida nem transformada porque o aeroporto é tombado pelo patrimônio histórico.
EXAME

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