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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Infraero - é preceiso pensar antes

Importante a discussão a respeito de possíveis modelos aplicáveis à infraestrutura aeroportuária nacional. Ao invés de apenas um grupo de teóricos, toda a sociedade deve discutir o assunto e buscar as melhores alternativas para o Brasil. Não apenas sob a ótica da possível aplicação de modelos de sucesso no exterior, mas, sobretudo, verificando a aplicabilidade de cada modelo à realidade brasileira.

O caso brasileiro é diferente de todos, tanto pelo conceito de rede, no qual aeroportos rentáveis sustentam deficitários, numa experiência sem precedentes em termos de quantidade de aeroportos e de resultados alcançados e já bastante discutida pela mídia, quanto pelo fato de haver uma ligação estreita entre as infraestruturas civil e militar. Não há como avaliar o assunto sem considerar os ganhos de escala propiciados pela decisão de compartilhamento de uma mesma infraestrutura, no campo aeroportuário e no de controle do espaço aéreo.

Diversos aeroportos brasileiros são compartilhados com a Força Aérea, permitindo que as pistas utilizadas por empresas de transporte aéreo possam ser utilizadas também por aeronaves militares. No espaço aéreo, o sistema é único. Com abrangência nacional, permite que os mesmos equipamentos sirvam ao propósito do controle do tráfego civil e, também, à vigilância e ao monitoramento das ações de defesa nacional.

Além de outras vantagens, esse modelo propiciou grandes economias de recursos para o País. Basta imaginar a construção de novos aeroportos dedicados exclusivamente à defesa aérea em substituição às infraestruturas compartilhadas em Brasília, Galeão, Guarulhos, Natal, dentre outras. É os investimentos que seriam necessários para separar o controle aéreo civil do militar? Por certo não é o caso de se pensar em despender esses recursos e sim em consolidar o modelo, adotando políticas e práticas que aperfeiçoem seus ganhos, em benefício de toda a nação.

A verdade é que o Brasil alcançou um estágio invejável no setor, sendo referência internacional de qualidade. Entretanto, os brasileiros muitas vezes não conseguem perceber esses ganhos. Aqui se tem observado mais os problemas do que as soluções e os ganhos alcançados no tempo.
É possível melhorar? É claro. O conhecimento e a experiência acumulados pelo Brasil ao longo dos anos é um bem de valor incalculável. Não se pode dispor disso, ao contrário deve-se continuar investindo para que o Brasil continue a ser uma referência mundial.

Assim, apesar de importantes, as experiências internacionais precisam ser cuidadosamente avaliadas no contexto do modelo adotado no Brasil. Alguém poderia achar que a defesa do modelo brasileiro é um meio de defender o “statu quo”, todavia trata-se apenas do reconhecimento de algo cuja contestação ocorre apenas internamente, vez que para o mundo o Brasil continua a ser o mesmo de antes.
Fonte: Aeroportos no Brasil

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