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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Programa de demissão recebeu só 450 adesões



A Infraero já iniciou os procedimentos administrativos para desligar 450 empregados que aderiram ao programa de demissão voluntária (PDV) da empresa, concluído em 13 de agosto. O número de adesões frustrou a expectativa dos diretores da estatal, que previam a entrada no PDV de 800 funcionários dos 1.200 elegíveis - os requisitos eram idade mínima de 45 anos e pelo menos dez anos de serviço na empresa.

Da folha salarial de R$ 75 milhões por mês, haverá uma redução de R$ 6,2 milhões. "A recuperação dos gastos com as demissões ocorrerá em um ano e quatro meses", afirma Nelson Borges Ribeiro, diretor de administração da Infraero. Ele considerou satisfatório o resultado do PDV porque, embora o número de adesões não tenha atingido a meta, entraram no programa funcionários com salários mais altos. O maior enxugamento será no Galeão, onde haverá desligamento de 140 trabalhadores.

O quadro total de funcionários da Infraero, em torno de 14 mil pessoas, não deverá ter grandes mudanças. A ideia da diretoria é repor a mão de obra dispensada com novas contratações - trabalhadores mais jovens e com salários menores - em três áreas: engenharia, operações e navegação. "Isso dará um novo fôlego à empresa e atenderá aos empregados com muito tempo de casa, que já tinham mesmo a intenção de se desligar", completa Ribeiro.

As demissões são um dos primeiros passos para a reestruturação da empresa, que se prepara para abrir o capital a acionistas privados. Outra medida recente foi a profissionalização da gestão, adotada por meio de um novo estatuto. O documento fixou em 12 o número máximo de assessores especiais com cargos comissionados - antes eram mais de 200 - e fez com que quatro dos cinco integrantes da diretoria sejam obrigatoriamente dos quadros próprios.

O BNDES está fazendo estudos para a reestruturação da estatal e prepará-la para a abertura de capital e deverá apresentá-los no ano que vem. Um dos nós a desatar diz respeito aos ativos da Infraero: hoje ela administra 67 aeroportos, mas toda a infraestrutura é patrimônio da União. A empresa não possui sequer com um contrato de concessão, por meio do qual teria a segurança jurídica de contar com fluxo de caixa por tempo determinado.

As mudanças promovidas pelo novo estatuto geraram uma crise com o PMDB, que indicava boa parte dos assessores especiais e tinha pretensões de assumir a presidência da estatal, após a saída do brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva. O novo presidente, Murilo Barboza, é ligado ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim, e não tem filiação partidária. Ele considera encerrado o processo de enxugamento dos cargos comissionados e a crise com o PMDB. E faz elogios ao mentor de sua indicação: "Trabalhar com o Jobim é uma tranquilidade, ele não aceita pressão política".
Direto da Pista

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