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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Gol prepara aumento de 20% nas tarifas



O presidente da Azul, David Neeleman, elogia a decisão do principal executivo da concorrente paulista

A recomposição de tarifas e o término de promoções de última hora estarão entre as estratégias adotadas pela Gol para o fim de ano, mas o objetivo é não perder o foco nas classes C e D. "Nós continuaremos a vender passagens mais baratas, mas só para quem se planeja. Clientes de última hora pagarão as tarifas cheias", diz o presidente da Gol, Constantino Jr.

A guerra de tarifas, que começou em maio e levou a companhias aéreas a terem um ganho de ocupação da ordem de 30%, não foi tão benéfica para a receita, por isso a necessidade de recomposição. O presidente da Gol, no entanto, diz que a companhia deve fazer reajustes da ordem de 20% em suas tarifas nos próximos meses.

O anúncio de aumento das tarifas da Gol agradou a David Neeleman, presidente da Azul. "O que eles fazem hoje não é viável. Vender no aeroporto passagem de ponte aérea com desconto a R$ 200 para alguém que aceitaria pagar R$ 600 é inviável", diz Neeleman.

A entrada mais agressiva da Gol e da TAM nesse mercado acirrou a competição e deixou as empresas que trabalham com um estrutura de baixo custo em um situação delicada. Na Ocean Air, a taxa de ocupação caiu de 73,60% em setembro de 2008 para 63,43% no mesmo mês de 2009. Na WebJet, a taxa ficou praticamente estável em 65,7%. No entanto, a ocupação no mercado cresceu de 61,29% para 66,43%, no mesmo período.

Mesmo com o reajuste previsto, a Gol tem a meta de atingir uma ocupação de 75% nos próximos meses porque a demanda está muito aquecida agora, diz Constantino. A estratégia é aumentar a capilaridade do programa Voe Fácil, que parcela as passagens em até 36 meses financiada pela própria companhia. A Gol permitiu que as agências de viagens aceitassem os cartões do sistema Voe Fácil. Ao todo são 14 mil agências.

Além disso, manterá tarifas similares às companhias de ônibus, principalmente em destinos de longa duração, com uma campanha para que o passageiro conheça o benefício. Com isso, Constantino prevê que a demanda continue a crescer entre 20% e 30%, com 40% de seus assentos ocupados por tarifas competitivas.

Outro foco da Gol é aumentar o volume do mercado corporativo, que hoje ainda está retraído. A empresa está se unindo ao UATP (Universal Air Travel Plan), um sistema de venda de passagens mundial que liga o cliente corporativo diretamente à Gol. O sistema negociou, em 2007, US$ 8 bilhões e, em 2008, US$ 12 bilhões em passagens no mundo.

O custo para a empresa é menor porque não é cobrada taxa de administração e a companhia consegue obter planilhas específicas sobre todos os gastos e viagens. E para a Gol, a receita é maior porque não precisa pagar uma taxa à administradora de cartão de crédito. Ela também passa a vender passagens das outras 250 companhias associadas no mundo, ganhando um percentual na venda.

A competição no segmento de baixo custo continuará acirrada. As grandes companhias não querem mais abrir mão do público da classe C. Paulo Castello Branco, vice-presidente Comercial e de Planejamento da TAM, diz que a companhia também tem o objetivo de manter esses passageiros em suas aeronaves. Vai fazer uma campanha publicitária para mostrar que tem tarifas competitivas. "Nossa estratégia neste setor vai ser mais agressiva, com campanhas regionalizadas", avisa Castello Branco.

As pequenas também veem a necessidade de recompor suas tarifas. "É a tendência natural do setor", diz Renato Pascowicth, diretor-executivo da OceanAir. Para ele, ainda há uma necessidade de aumento de 20% no setor. Wagner Ferreira, presidente da Webjet, diz que isto vai ocorrer aos poucos como um ajuste do setor.

Para ele, o grande impulsionador deste mercado será o parcelamento das passagens. "São 30 milhões de potenciais passageiros na Classe C, se colocarmos 30% nas aeronaves, 9 milhões, será uma explosão do setor". De olho nisto, as companhias entrantes estão aumentando o número de aeronaves: Até o fim do ano, serão mais quatro na WebJet, sete na Azul e duas na OceanAir.

As companhias prevêem um crescimento real de até dois dígitos já em 2010.
Webtranspo

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