Com o Auditório Franco Montoro lotado de moradores do entorno do Aeroporto de Congonhas, preocupados com as notícias veiculadas pela imprensa de que o município de São Paulo, o Estado e a União têm um plano de desapropriação de milhares de imóveis na região do bairro do Jabaquara para a ampliação da pista de pouso e de decolagem de Congonhas, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) coordenou os trabalhos de uma audiência pública, realizada no dia 17/2, para discutir a questão. À mesa, além dele, estavam representantes de várias associações de moradores, de vítimas de acidentes aéreos e um piloto que opera com freqüência aeronaves em Congonhas.
Munidos de farta documentação reproduzida de relatórios de secretarias, de depoimentos de autoridades, de testemunhos de moradores e de profissionais da aviação, as pessoas puderam acompanhar as experiências de cada um dos envolvidos que, de uma forma ou de outra, se encontram apreensivos por conta desse anúncio de expansão.
O deputado, que lembrou aos presentes sobre a força dos três poderes executivos para “tocar o projeto”, disse que é preciso a união das associações para impedir o avanço da proposta. “Unidos vamos pressionar e expor os motivos pela não ampliação e, até, pelo fim da operação de Congonhas, se assim a deliberação de uma consulta popular sinalizar”, acrescentou Giannazi, que também lançou uma Frente Parlamentar a fim de colher assinaturas de outros deputados.
Há vários dramas envolvidos nessa questão, como o medo dos moradores pela queda de aeronaves com o tráfego intensificado pela ampliação, de desvalorização dos imóveis residenciais e, por último, receio de que recebam indenizações pífias pela desocupação.
Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
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