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domingo, 18 de abril de 2010

Avião foi “engolido” por nuvens de cinzas nos anos 80

Piloto conseguiu evitar uma tragédia quando sobrevoava a Indonésia.


Guarda Costeira Islandesa/AFP
Foto por Guarda Costeira Islandesa/AFP
Veja imagens dos transtornos aéreosNuvem de cinzas provocada pela erupção de um vulcão na Islândia; crise no tráfego aéreo da Europa é a pior desde o 11 de Setembro

Primeiro uma nuvem escurecida que parecia não ter fim. E em questão de minutos, os 247 passageiros da aeronave British Airways 9, e toda a sua equipe de bordo, vivem um pesadelo entre cinzas vulcânicas.

Em 1982, os viajantes do avião também conhecido como Speedbird 9, faziam a travessia do aeroporto Heathrow, em Londres, até Auckland, na Nova Zelândia.

A aeronave sobrevoava a cidade de Edimburgo, a cerca de 11.278 km do solo, quando a visibilidade ficou difícil.

O piloto e os engenheiros do avião perceberam uma chuva estranha no painel, que era na verdade uma mistura de resíduos vindos da erupção do vulcão Galunggung, na Indonésia, e os gases da atmosfera. A fumaça começou a entrar na cabine, e todos pensaram que ela vinha de um cigarro, até sentirem o forte cheiro de enxofre.

Eram quase 21h, em horário local, quando o quarto motor do Speedbird 9 começou a lançar chamas. Imediatamente, a equipe desligou o abastecimento de combustível do motor, para evitar explosões, e ligou o aparato antichamas. Mas os motores foram todos parando, consecutivamente. Em menos de três minutos, o avião estava com todos os quatro motores sem funcionar, enquanto a travessia da nuvem de cinzas parecia interminável.

O radar meteorológico apontava condições favoráveis de voo, isso porque o aparelho era projetado para captar apenas a umidade do ar. A solução encontrada pelo piloto, Eric Moody e sua equipe, era "deslizar" o avião até Jacarta, na Indonésia, onde tentariam um pouso de emergência. Pelas contas efetuadas pela equipe de engenheiros, eles teriam apenas 23 minutos até a queda. No entanto, a medida também se mostrava impossível, pois o avião perdia altitude em uma área montanhosa, com grandes riscos de choque. Para ajudar, a pressão dentro da aeronave caíra bruscamente e respirar estava cada vez mais difícil.
Em uma última tentativa desesperada, o piloto diminuiu bruscamente a altitude, para, quem sabe, pousar no Oceano Índico e alcançar um ponto em que o oxigênio atmosférico fosse suficiente para todos respirarem. A cerca de 4,5 km do solo, os pilotos já se preparavam para tentar um pouso de emergência, quando o motor quatro, o primeiro a parar, voltou a funcionar. O Speedbird já havia se afastado das cinzas, e os outros motores também voltavam um de cada vez.

Os motores chegaram a ter novas falhas, mas ainda assim o avião conseguiu alcançar o aeroporto de Jacarta, capital da Indonésia, e pousar em segurança. Apesar dos pilotos conhecerem os procedimentos padrões, estes não chegaram a ser testados no gigante Boeing 747. O piloto e sua equipe viraram heróis e foram condecorados pela rainha da Inglaterra, além de receberam medalhas da Associação de Pilotos de Linhas Aéreas Britânicas.
r7

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