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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Céu de brigadeiro na aviação regional em Minas

José Mário Caprioli: meta para o ano é crescer acima de 60% -  (Emmanuel Pinheiro/EM/D.A Press-15/6/09)
José Mário Caprioli: meta para o ano é crescer acima de 60%

Com crescimento de 30% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, o mercado de aviação abre perspectivas de incremento também para as rotas regionais, ocupadas principalmente em ligar as capitais às cidades do interior do estado. Fugindo à regra das empresas que não mantêm capital aberto, sem, portanto, ter balanço obrigatório, a Trip linhas aéreas abriu suas contas, apontando crescimento de 43% no ano passado, com faturamento de R$ 450 milhões e lucro líquido de R$ 28,5 milhões. A perspectiva para este ano, segundo informou o presidente da empresa, José Mário Caprioli, é de atingir faturamento de R$ 750 milhões, crescimento estimado superior a 60%.

A estratégia da empresa é se manter na aviação regional, crescendo sua escala de passageiros. Este ano, mais 12 aviões serão incorporados à frota da companhia somando 40 aeronaves, entre elas nove jatos E-175 fabricados pela Embraer. Com o incremento, a Trip vai aumentar a frequência dos vôos ofertados para o interior do estado, com decolagem partindo do aeroporto da Pampulha. Caprioli disse que há espaço para redução de preços ao consumidor, mas não precisou percentuais. Segundo ele, novas aquisições não estão nos planos da empresa.

O mercado brasileiro de aviação é dominado pela TAM (44%), seguida pela Gol Varig, com 41% de participação. Disputar uma fatia nesta indústria, que exige escala, com custos pesados, envolvendo tecnologia e renovação da frota é um desafio e tanto. “Mesmo com a perspectiva de crescimento da economia, gerar e administrar o caixa, mantendo investimentos é um grande desafio para as empresas com menor participação no mercado”, ressalta o analista-chefe da SLW consultoria, Pedro Galdi. Segundo ele, as perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ao ritmo de 5% nos próximos cinco anos, abre grande espaço para fusões e aquisições no mercado de aviação, especialmente se houver abertura para o investimento externo.

Esta semana, a companhia OceanAir que também atua no mercado regional, anunciou que vai abandonar o nome atual, passando a usar a marca colombiana Avianca em toda sua comunicação. “Não acredito que esse movimento trará grandes mudanças ao mercado, porque não foi uma mudança fora do padrão, faz parte de um processo previsível”, apostou Caprioli. Segundo o executivo, a empresa que apresentou Ebitda (lucros que precedem juros, impostos, depreciação e amortização) com volume de R$ 59,3 milhões e margem de 13,65%, está pronta para enfrentar a concorrência.

O crescimento da economia, acompanhado pelo avanço da renda das famílias anuncia um céu de brigadeiro para o crescimento da aviação nacional. “Da frota agrícola ao transporte regular”, garante o especialista e professor do curso de ciências aeronáuticas da universidade Fumec, Deusdedit Carlos Reis. Ele lembra que o Brasil, ao lado México disputa a segunda colocação no mercado mundial com uma frota de 14 mil aviões. “Em terras contínuas o Brasil é um grande país, são 4 mil quilômetros de reta de Norte a Sul, sendo que menos de 10% da população utiliza o transporte aéreo.” Ele aponta que a recuperação da indústria americana e a fila de espera de até três anos para quem encomenda um avião no Brasil são sinais da retomada do mercado, depois da crise financeira mundial. A turbulência fica por conta da mão de obra qualificada. "O grande desafio agora é a formação de profissionais, pilotos e mecânicos. O mercado já está no limite."
UAI

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