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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Raio laser ameaça pilotos no aeroporto da Pampulha, em Minas Gerais

Luz pode provocar acidentes; cinco ocorrências desse tipo foram registradas neste ano.





Equipamentos de raio laser comprados pela internet por R$ 89 são a nova ameaça aos aeroportos brasileiros nas operações noturnas. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos) já registrou neste ano cinco ocorrências. As informações são do site Hoje em Dia.

Três foram no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e duas em Londrina, no Paraná, onde um avião com 130 passageiros teve dificuldades de pousar no dia 14 de janeiro por causa do feixe de luz jogado no olho do piloto.

Com cinco mega watts de potência e podendo atingir 6.000 metros de alcance, esse raio de luz jogado na cabine do avião pode comprometer a visão do piloto e até mesmo deixá-lo cego, aumentando o risco de acidentes durante o pouso.


Na Pampulha, a primeira ocorrência foi no dia 27 de janeiro, quando um piloto de uma aeronave de pequeno porte comunicou o fato à torre de comando do aeroporto. O nome do comandante não foi divulgado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

O último registro de uso de laser durante a aproximação da pista foi no dia 16 de fevereiro deste ano, por volta das 21h30, quando as aeronaves estavam a cerca de cinco minutos da pista. Um dos aviões transportava 45 passageiros. Nos dois casos os pilotos não tiveram problemas durante o pouso, mas comunicaram o caso ao Cenipa.

Conforme consta no relatório do órgão, o feixe de luz azul vinha da pista 13, que fica próxima ao vertedouro da lagoa da Pampulha. Nesse mesmo dia, um helicóptero da Polícia Militar fez uma varredura na região, mas não conseguiu localizar nenhum suspeito.

A pessoa que for flagrada jogando raio laser no avião pode pegar de seis a 20 anos de prisão, caso alguém morra ou fique ferido em um acidente, ou mesmo se houver comprometimento da visão do piloto. A fiscalização nos aeroportos é feita pela Infraero e fora dos limites da pista, a responsabilidade é da PM.

O oftalmologista André Oliveira Mendonça, 43 anos, alerta que o laser, em contato direto com o olho, pode fazer com que o piloto perca toda a visão, podendo voltar a enxergar em no mínimo dez minutos.

O capitão piloto Farley Rocha Soares, do Corpo de Bombeiros, reforça que qualquer luz jogada na cabine pode prejudicar as operações de pouso e decolagem. Apesar de não ter presenciado esse tipo de ocorrência, ele lembra que uma viseira amarela, como a usada pelos bombeiros, ajuda a amenizar os efeitos de luz nas cabines das aeronaves. Segundo a Polícia Militar, desde que o Cenipa relatou a presença de pessoas na cabeceira da pista, o policiamento na região foi reforçado.
r7

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