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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Empresa aérea de Campinas não comenta denúncia de favorecimento


A reportagem da EPTV procurou nesta terça-feira (14) os representantes da MTA Master Top airlines, empresa com sede em Campinas, envolvida em denúncias de suposto esquema de favorecimento por pessoas ligadas diretamente à ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Ninguém foi encontrado pela repórter Helen Sacconi para comentar o assunto.

A edição deste fim de semana da revista "Veja" afirma que um empresário chamado Fábio Baracat participou de reuniões com Erenice, supostamente intermediadas pelo filho da ministra, Israel Guerra, dono da consultoria Capital. A finalidade, segundo a publicação, era fechar um contrato de prestação de serviços entre a empresa MTA e os Correios. De acordo com reportagem da revista “Veja”, o filho de Erenice Guerra teria cobrado uma "propina" de 6% do empresário Fábio Baracat para intermediar a operação. A publicação diz que o valor seria destinado a saldar “compromissos políticos”.

Além da suposta propina, intitulada "taxa de sucesso", assessores da Casa Civil teriam exigido pagamentos mensais, diz o texto. A revista afirma que o contrato entre a empresa de transporte aéreo e os Correios totalizou R$ 84 milhões e que, com a intermediação, o filho da ministra obteve R$ 5 milhões.

A MTA tem três endereços registrados em Campinas. Oficialmente, a sede da empresa deveria estar instalada na rua 11 de Agosto, no centro de Campinas, mas nesse endereço existe um hotel . Duas salas comerciais, que já foram usadas pela empresa, estão vazias há pelo menos dois meses segundo funcionários da recepção do elegante prédio de escritórios na região central da cidade. A MTA também mantém um centro administrativo e de manutenção, que continua em operação no aeroporto de Viracopos.

Nos escritórios de Viracopos, uma secretária informou que a empresa deve se pronunciar oficialmente sobre as denúncias através de nota oficial a ser divulgada pelos advogados.

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) decidiram nesta terça-feira (14) investigar as denúncias de tráfico de influência que envolvem Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.

Israel é suspeito de intermediar contratos da transportadora MTA Linhas Aéreas com os Correios mediante pagamento de propina.

Na noite desta terça (24), Erenice divulgou nota dizendo que ela mesma pediu que PF e CGU investiguem o caso, denunciado pela revista 'Veja' no último final de semana. Ela afirmou ainda que trata-se de "impressionante e indisfarçável campanha de difamação (...) em favor de um candidato aético e já derrotado".

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que Erenice tenta “fazer campanha política”.

A reportagem do Jornal Nacional visitou a sede da transportadora MTA Linhas Aéreas em Campinas e verificou que, da sede, restou apenas uma placa. De acordo com o porteiro, a empresa não funciona mais lá.

No Rio, no endereço indicado pelao MTA, há um escritório de despachante da empresa. Em Brasília, no local onde deveria ser uma filial da transportadora, não há vestígios de funcionamento da empresa.

A MTA tem quatro contratos com os Correios no valor R$ 59 milhões de reais. Eles foram fechados porque a licença da empresa com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foi regularizada em dezembro do ano passado.

Um parecer da agência alertou que a transportadora poderia ter dificuldades financeiras para pagar fornecedores e sugeriu nova análise econômica pela Gerência de Regulação Econômica após consolidação dos dados financeiros de 2009. Mas a análise não ocorreu.

Conforme a "Veja", Israel foi contratado por um representante da MTA Linhas Aéreas chamado Fábio Baracat para resolver o problema com a Anac para que o contrato de transportadora fosse fechado com os Correios. A revista afirma ainda que Erenice sabia das negociações e encontrou-se com Baracat. O encontro foi confirmado pelo filho da ministra, mas ele alega que foi social.

A abertura de investigação por parte da PF foi divulgada pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. O ministro disse que Erenice não é o foco das investigações porque isso dependeria de aprovação do Supremo Tribunal Federal - os ministros têm foro privilegiado no Supremo.

A CGU, por sua vez, divulgou comunicado informando que a ação foi tomada após o recebimento de pedido da ministra Erenice Guerra. A auditoria deve ocorrer nos órgãos ligados às denúncias: Correios, Anac e Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A EPE, conforme a "Veja", teria contratado, quando a irmã de Erenice prestava consultoria ao órgão, o escritório Trajano e Silva Advogados, que tem como advogado um outro irmão de ministra Erenice.

Oposição
Parlamentares da oposição protocolaram na Procuradoria-Geral da República um pedido para que o Ministério Público Federal investigue se Erenice Guerra cometeu crime de tráfico de influência e formação de quadrilha.

ep campinas

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