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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A evolução da aviação mundial

Voar sempre foi um desejo do ser humano. Desde os tempos mais primórdios o homem sonhou em ter asas e poder alcançar o céu. Egípcios retratavam alguns de seus deuses como figuras aladas, e um dos mitos mais conhecidos é o de Ícaro, que voou até o sol e perdeu as asas ao se aproximar demais do sol. Leonardo da Vinci, ainda no século 15, construiu um modelo de avião em forma de pássaro e fez vários desenhos, como hélices e paraquedas, que foram de grande contribuição posteriormente. A partir de 1880 o homem passou a voar com planadores e depois com balões e dirigíveis. Mas o grande desafio era voar em máquinas mais pesadas do que o ar e foi uma longa caminhada até a aviação propriamente dita, quando as aeronaves passaram a dominar os céus do Brasil e do mundo e a atravessar continentes em questão de horas.
Era pioneira
A partir de 1900 o sonho da aviação começou a se tornar realidade. E quem foi realmente o pioneiro é uma eterna discussão. O inventor brasileiro Alberto Santos Dumont, em 23 de outubro de 1906, levantou voo com o seu 14 Bis diante de uma multidão e teve a façanha certificada pelo Aero Clube da França e pela FAI (Federação Aeronáutica Internacional), sendo considerado o primeiro voo completo no mundo. Foi homologado também como recorde de distância de um aparelho mais pesado que o ar e de velocidade, já que Dumont atingiu 220 metros de altura, em 21 segundos, com velocidade média de 37,4 km/h por mais de 60 metros. O registro diz ter sido Santos Dumont "o primeiro aviador do universo que subiu em um aeroplano com motor". Porém, algum tempo depois os irmãos americanos Orville e Wilbur Wright provaram que tinham feito o primeiro voo três anos antes de Dumont, em 17 de dezembro de 1903, na Carolina do Norte, com o avião Flyer. Contudo, a aeronave dos irmãos Wright não foi capaz de levantar voo sozinha, nem de se manter no ar por conta própria, sendo auxiliada pelos fortes ventos que sopravam na região. Após os voos de Santos Dumont e dos irmãos Wright, seguiu-se um período de competição entre países da Europa e dos Estados Unidos, pela conquista de recordes em velocidade e distância, revelando uma série de grandes aviadores e aperfeiçoando cada vez mais o avião.
A Primeira Guerra Mundial
Guerras sempre foram estímulos para desenvolvimento de tecnologias e com o avião não foi diferente. Em 1911 a Itália já usava aviões para realizar o primeiro bombardeio de uma coluna inimiga durante a Primeira Guerra dos Bálcãs. Mas foi durante a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918) que se passou a ter noção de que o avião poderia ser muito mais que um brinquedo ou um esporte, como se pensava na época: podiam ser equipados com armas letais e causar grandes danos aos inimigos, mas também defender e reconhecer ou espionar áreas inimigas. Durante esse período as aeronaves passaram a carregar mais que uma pessoa, os motores passaram a ser mais potentes e no final da guerra já atingiam a velocidade de 230 km/h. Os franceses esforçaram-se em resolver o problema de controlar o avião e atirar em aviões inimigos que porventura encontravam durante o voo e no final de 1914, Roland Garros colocou uma metralhadora fixa à frente de sua aeronave, permitindo-lhe voar e mirar ao mesmo tempo. Essa tática foi aperfeiçoada pelos alemães e logo as batalhas tomaram os céus. O modelo mais famoso dessa época foi o alemão Junkers J1, de 1915, conhecido por ser o primeiro a ser feito totalmente em metal.
Era de Ouro
Depois da guerra, outros objetivos passaram a ser focados, como recordes do tipo "atravessar o Atlântico sem escalas", para os quais eram oferecidos prêmios em dinheiro e perseguidos, muitas vezes, por pilotos que vieram da Primeira Guerra. Em 1927 esse feito finalmente foi alcançado por um piloto do correio aéreo: Charles Lindbergh. Em junho de 1928 a primeira mulher, a famosa aviadora Amélia Earhart, realizou o mesmo feito acompanhada de outros dois pilotos e, quatro anos depois, refez o trajeto, dessa vez sozinha.
Já em 1931 começaram as viagens rápidas ao redor mundo, sendo realizada pela primeira vez por Wiley Post e Harold Gatty no monoplano Winnie Mae. Em 1938, essa viagem que começou levando oito dias para ser completada, já havia sido reduzida para três dias com Howard Hughes. Por esse período entre guerras também passaram a operar as primeiras linhas aéreas. Durante a década de 20, várias dessas linhas foram estabelecidas na Europa e nos Estados Unidos, e usavam aviões que antigamente eram usados como bombardeiros na Guerra para transportar cargas e passageiros. Como não eram pressurizadas, nem condicionadas, se tratavam de máquinas barulhentas e nada confortáveis. Vários ex-pilotos de guerra compraram os aviões usados na Guerra para ganhar dinheiro, através de exibições acrobáticas perigosas, que muitas vezes causaram mortes. A agência dos correios dos EUA também usou as antigas aeronaves militares para realizar o correio entre algumas cidades americanas, mas por volta de 1927, desistiu e passou a contratar linhas aéreas para este serviço, o que contribuiu grandemente para o desenvolvimento da aviação comercial.
Durante as décadas de 30 e 40 foram usados também muitos hidroplanos nas linhas aéreas, capazes de transportar até 74 passageiros. Tudo isto gerou técnicas mais precisas de navegação aérea. A partir da década de 1930 passou-se a utilizar o piloto automático nas aeronaves. Um símbolo dessa era foi o Douglas DC-3, que começou seus primeiros voos em 1936 e rapidamente se tornou o avião comercial mais usado na época.
A Segunda Guerra Mundial
O período da Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) trouxe um agressivo crescimento e desenvolvimento tecnológico na produção de aviões. Surgiram os bombardeiros e o primeiro avião a jato, que no início da guerra voava a 480 km/h a 9 mil metros de altura e no final já passava dos 12 mil metros a 640 km/h. O Messerschmitt Me 262 foi o primeiro caça a jato a operar na guerra, em 1944, e alcançava 900 km/h em voos curtos devido às suas asas enflechadas: uma aerodinâmica que foi muito copiada posteriormente. O jato soviético Mig-15 é outro exemplo desse avanço tecnológico. Mas como esses jatos só apareceram no final da guerra, durante o conflito os grandes estragos foram feitos pelos bombardeiros, como o americano Boeing B-29 Superfortress e o B 17 Flying Fortress.
As melhorias na tecnologia de rádio-telecomunicações permitiram que os pilotos recebessem instruções de voo de equipes em terra, e que pudessem se comunicar com outros pilotos. Após a guerra, o transporte internacional passou a ser feito em larga escala e por aviões cada vez maiores e mais velozes.
No final da década de 40 se popularizaram as cabines pressurizadas, já que as altitudes alcançadas eram cada vez maiores e em 1947 o americano Charles Yeager tornou-se a primeira pessoa a ultrapassar a velocidade do som no Bell X-1. Em 1952 foram utilizados motores a jato pela primeira em aviões comerciais pela britânica Comet.
No fim dos anos 50 começaram a ser usados os Caravelle, de fabricação francesa, e nos Estados Unidos, entravam em serviço os jatos Boeing 720 e 707 e depois o Douglas DC-8 e o Convair 880. Em seguida apareceram os aviões a turboélice e então o mundo todo passou a pesquisar formas de construir aviões comerciais cada vez maiores, para mais passageiros e os chamados "supersônicos", com velocidades duas ou três vezes maiores que a do som, quando então passaram a operar, a partir de 1976, o Concorde (franco-britânico) e o Tupolev (russo).
Posteriormente a maioria desses voos foram suspensos em razão do alto custo com combustíveis e manutenção e pelo volume pequeno de carga e de passageiros transportados por vôo. A Guerra Fria trouxe a corrida espacial e o céu deixou de ter limites, ao menos para voos controlados. Em 1957, o soviético Sputnik 1 tornou-se o primeiro satélite artificial a orbitar a Terra, e em 1961, Yuri Gagarin tornou-se a primeira pessoa a viajar no espaço.
Tempos Modernos
Em 1994, o Boeing 777 foi o primeiro avião a ser totalmente desenhado e planejado com computadores e em abril de 2001, um avião não-tripulado, voou de Edwards AFB nos Estados Unidos até a Austrália, sem escalas e sem reabastecimento, sendo o mais longo voo já realizado por um avião não-tripulado. A partir de 2007 começaram a voar comercialmente os gigantes Airbus A-380, de dois andares, e capacidade para quase 500 passageiros, que conta com "suítes" privadas, um bar e áreas de negócios para os passageiros da primeira classe. Também chegou ao mercado o modelo Boeing 787 Dreamliner que é feito com partes plásticas e novos produtos desenvolvidos pela NASA chamados "composites" que trarão maior durabilidade e diminuição de peso. Atualmente a Boeing (americana) e a Airbus (europeia) dominam o mercado mundial de grandes aviões e outras novas empresas chegam ao mercado internacional com força, como a holandesa Fokker, a brasileira Embraer e a canadense Bombardier. A aviação para guerra também não deixa de evoluir, trazendo o caça F 22 Raptor, que é de quinta geração, o B2 Spirit, um bombardeiro nuclear invisível aos radares.
O futuro
O avanço da aviação não para. Na medida em que pessoas possuem a necessidade de locomover-se de um ponto a outro rapidamente, a aviação será sempre necessária. Para tal, cogita-se que tecnologias como o RLV (Reusable Launch Vehicle), que são aeronaves espaciais capazes de pousar ou decolar em pistas comuns, estejam por vir. Aqui no Brasil a Embraer é destaque e está desenvolvendo também uma aeronave militar, a jato, batizada de KC-390, que substituirá os antigos Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira a partir de 2015. Para essa aeronave a Embraer já soma algumas centenas de pedidos e reservas.
YAHOO

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