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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Arremetida em Congonhas causa medo em voo


Uma arremetida pouco antes de tocar a pista do aeroporto de Congonhas, na segunda-feira (25), dia do aniversário de São Paulo, por volta de 21h, causou tensão entre os passageiros no voo JJ3110 (Florianópolis-SP das 19h50), da TAM. O avião vinha no sentido Jabaquara-Campo Belo.

Chovia em São Paulo, a pista estava molhada e o Airbus, lotado. Entre os passageiros, o empresário Kadu Paes, sócio do Cafe de la Musique, com sua filha Patrícia, e o repórter fotográfico da revista “Caras”, Cassiano de Souza.

Dez minutos depois, o piloto informou aos passageiros que a arremetida se deveu a um “vento de cauda” e que ele, por questão de segurança, preferiu abortar a aterrissagem. A tensão a bordo era perceptível. Desde o acidente com o voo 3054, em 2007, os passageiros ficaram mais “espertos” para descer em Congonhas.

Kadu Paes desabafa: “Eu viajo muito e não senti vento nenhum a bordo. Eu senti, sim, é que o piloto perdeu o timing para tocar o solo e se tivesse descido naquele ponto poderia ter havido uma outra tragédia”, afirmou.



Procurada, a assessoria da TAM disse não haver nenhum registro de anomalia no voo JJ3110, na segunda-feira (25) e que “arremetidas são absolutamente normais na aviação”. Perguntada se isso indicava que os pilotos não escreveram sobre a arremetida, a assessora respondeu afirmativamente.

O fotógrafo Cassiano de Souza, sentado à poltrona 6C, ficou apavorado. “Foi um terror. Quando estávamos quase no solo ouvimos a turbina pegar potência e o avião voltou a subir. Uma senhora com a filha, a meu lado, tirou um terço e começou a rezar.

Kadu Paes vai mais além: “Congonhas não pode funcionar com a pista molhada. Será que vão esperar outro acidente para tomar providências?”, pergunta-se. O empresário conta que no dia 5 de janeiro, no mesmo voo, também houve uma arremetida em São Paulo, mas a aeronave não estava tão baixa. “No dia 5 eu estava com minhas duas filhas”, afirmou.

Por volta de 21h40, o Airbus da TAM aterrissou em Congonhas, mas a operação ocorreu em outro sentido, Campo Belo-Jabaquara. Os passageiros, em terra, puderam respirar aliviados.
Contato Radar

Um comentário:

Anônimo disse...

O problema é que a mídia e as pessoas em geral acham que sabem tudo de aviação.
Vento na cauda é muito mais comum do que imaginamos. Arremeter avião também. Ai o tonto do cara (passageiro) ainda diz "Não sentimos nenhum vento no avião". Bom, eu entendo que eu não sou piloto, e acredito que o piloto é que tem a habilidade de saber se está bom ou não pra pouso.