Após quatro tentativas fracassadas de retornar à Alemanha, onde atua pelo Hamburgo, o atacante peruano Paolo Guerrero pode estar com a carreira em risco por causa de seu medo de avião.
A direção do clube alemão reagiu com paciência à demora do jogador em se reapresentar, já que, de todo modo, ele não pode atuar por estar lesionado no joelho.
"Até agora vieram a nós uns 150 especialistas em medo de avião. Pedimos a eles para que não nos mandem mais currículos", disse o porta-voz do Hamburgo, Jörn Wolf.
O caso de Guerrero ocupa nesta quinta a capa do popular jornal "Bild", segundo o qual o pânico do jogador é tão forte que obrigou os pilotos a abortarem tentativas de decolagem, já que ele estava dentro das aeronaves quando desistiu de voar.
"Na primeira tentativa, seu irmão o acompanhou, mas ele não se sentiu bem e desceu do avião. Depois, foi a vez de sua mãe tentar ir com ele, e mais uma vez ele desistiu depois de embarcar. Na terceira ocasião, quem sua namorada embarcou junto, e ele pediu para sair do avião quando já estava se preparando para decolar", informou o jornal peruano "El Bocón".
Na quarta tentativa de embarcar, quem acompanhou o jogador foi um de seus primos, mas por este não ter visto de entrada na Alemanha, não pôde viajar.
Enquanto o Hamburgo tenta agilizar, junto às autoridades alemãs, a concessão do visto, a imprensa alemã levanta a ideia de que o jogador deveria voltar ao país de navio.
A viagem poderia durar até quatro semanas, período em que poderia se dedicar à sua recuperação do problema no joelho.
O medo de voar de Guerrero, segundo familiares, deve-se à trágica morte de um de seus tios, o ex-jogador peruano José González, em um acidente aéreo. Além disso, ele esteve em um avião que apresentou problemas técnicos e precisou fazer um pouso de emergência em Paris.
EPA
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