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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Câmpus de Registro oferece curso de aviação agrícola


Com inscrições até 3 de fevereiro, a Faculdade de Ciências Agrárias do Vale do Ribeira, câmpus de Registro, sediará, de 8 a 12 de fevereiro, o I Curso de Executores em Aviação Agrícola, oferecido em convênio entre a empresa Centro Brasileiro de Bioaeronáutica (CBB) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A formação é voltada para técnicos agrícolas, mas também será estendida aos professores do curso de Agronomia do câmpus de Registro, que passarão a ser formadores na área.

A aviação agrícola permite a aplicação de adubos, sementes e defensivos agrícolas em grandes plantações. As aulas trarão informações sobre a chamada "neblina", um termo técnico usado para descrever a fumaça emitida pela pulverização aérea. Temas como o abastecimento do avião, equipamentos e calibração das aeronaves também serão abordados.

"Esse é um trabalho muito técnico, muito especializado, que só pode ser realizado por pessoas habilitadas, com formação reconhecida pelo Ministério da Agricultura", afirma Marcos Vilela Monteiro, diretor do CBB, doutor em engenharia agrícola pela USP e piloto agrícola há cinquenta anos. Ele diz que é escassa a oferta de cursos com esse perfil. Os professores do câmpus de Registro que quiserem participar do curso poderão, no futuro, oferecer esse treinamento num pólo de formação próprio da Unesp. "Já estamos realizando parcerias dessa natureza em outras universidades, principalmente para que essa relação dê origem a pesquisas para desenvolver e tornar mais segura a aviação agrícola", afirma Monteiro.

Agrotóxicos
Entre os estudos que podem nascer da realização do curso está a investigação de métodos para diminuir o desperdício de agrotóxicos, que hoje pode chegar a 80% do total de produtos aplicado nas plantações. Como essas substâncias fazem mal à saúde humana e ao meio ambiente, a pulverização de inseticidas biológicos com as aeronaves também pode ser tema de pesquisa.

Um exemplo é o combate à doença sigatoka-negra, causada por um fungo e que tem atacado com frequência as plantações de banana do estado de São Paulo. Sua presença obriga os produtores a usarem um número ainda maior de aplicações de agrotóxicos. Monteiro relata que na Austrália foi identificado um óleo que controla essa praga, mas com menos implicações ambientais que os defensivos empregados atualmente. "O desafio agora é desenvolver uma forma apropriada para pulverizar esse óleo com o uso de aeronaves."

A carga horária do curso é de 46 horas (15 horas de aulas práticas). O custo é de R$ 980, mais taxa de R$ 400 e matrícula de R$ 580. A hospedagem e a alimentação não estão incluídas no preço. Para inscrições e outras informações http://www.registro.unesp.br/noticias/n1_07012010.php
universia brasil

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