PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM
PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Coragem do piloto é lembrada em missa

Celebração foi realizada no pátio de manobras do aeroporto de Lages.

“Devo sacrificar a vida por meu irmão.” O trecho de uma canção religiosa está associado ao que muita gente acredita que o capitão Anderson Amaro Fernandes, 33 anos, pensou pouco antes da tragédia. Ele morreu na queda de um avião da Esquadrilha da Fumaça há uma semana, em Lages.

Ontem, uma missa foi celebrada no aeroporto da cidade, local do acidente, em homenagem ao militar que morreu.

Durante a celebração, iniciada às 17h25min, mesmo horário em que o avião caiu diante de 15 mil pessoas, os cerca de cem fiéis, entre militares, sócios do Aeroclube de Lages e cidadãos, exaltaram a heroica atitude do piloto de não ter ejetado o seu assento e de ter sacrificado a sua vida para evitar que o avião desgovernado caísse sobre o público.

As pessoas que foram à missa chegaram de carro, de bicicleta e a pé. Todas se emocionaram e muitas choraram ao lembrar do momento que nunca sairá de suas mentes e, principalmente, ao pensar na família de Anderson, que era casado e tinha uma filha de quatro anos.

A agente administrativa Rosemari Becker Rosa, 46 anos, presenciou a tragédia, ficou desesperada e ainda não se recuperou. Desde o acidente, ela chora bastante e não consegue se concentrar em seus afazeres. Ontem, ela caminhou durante uma hora de sua casa, no Bairro Conta Dinheiro, até o aeroporto para homenagear o capitão Anderson.

– Me coloco no lugar da família dele, e é impossível não sentir a dor – disse Rosemari.

O padre Henrique Vicente de Bitencourt, da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, do Bairro Guarujá, perguntou aos presentes se alguém gostaria de falar algo sobre o piloto. Várias pessoas, mesmo sem nunca tê-lo visto em suas vidas, deram depoimentos emocionantes.

Uma delas pediu uma oração às vítimas de outras tragédias ocorridas no aeroporto de Lages, como a que matou 13 pessoas durante a colisão entre dois aviões, em 18 de maio de 1997.

Causa continua sendo apurada

Esta semana, um avião da Esquadrilha da Fumaça coletou informações atmosféricas do aeroporto como parte das investigações sobre a causa do acidente. Um relatório inicial deve ser apresentado em até 30 dias, a contar da tragédia, mas todo o processo deve levar um ano para ser concluído.

A Esquadrilha anunciou o retorno das apresentações para o dia 14 de abril, em Botucatu (SP).
dc

Nenhum comentário: