Washington, 8 abr (EFE).- O diplomata catariano Mohammed al Modadi foi libertado hoje nos Estados Unidos após sua detenção nesta quarta-feira, quando disparou um alerta terrorista ao tentar acender um cigarro dentro de um avião.
Modadi, que tem imunidade diplomática, foi solto sem acusações contra si, disse um porta-voz do escritório de advogados que representa a Embaixada do Catar em Washington. g1Segundo um membro da diplomacia cataria citado pelo jornal "Los Angeles Times", Modadi viajava para o estado do Colorado em missão oficial.
Essa missão incluía uma visita ao catariano Ali Marri, que está preso após declarar-se culpado no ano passado de conspiração vinculada aos atentados de 11 de setembro de 2001.
O diplomata foi detido por agentes federais no voo 663 da United Airlines que viajava entre Washington e Denver com mais de 160 pessoas a bordo.Modadi tentava acender um cigarro em um dos banheiros do avião. Quando foi confrontado por um membro da tripulação, o diplomata respondeu, de forma sarcástica, que tentava atear fogo a um de seus sapatos.
O embaixador do Catar nos EUA, Ali Bin Fahad al-Hajri, afirmou que o diplomata não tinha nenhuma intenção hostil.
"Sem dúvida não estava envolvido em nenhuma atividade ameaçadora. Foi um erro e pedimos para que todas as partes relacionadas (ao incidente) evitem formular juízos ou especulações irresponsáveis", acrescentou.A intervenção dos agentes federais no incidente foi elogiada hoje pela secretária de Segurança Nacional americana, Janet Napolitano.
"Aplaudo os agentes do voo 663 de United Airlines que responderam a uma ameaça potencial à segurança dos passageiros em pleno voo", disse Napolitano em nota."felizmente este incidente não representou nenhuma ameaça à segurança", acrescentou.
Os EUA já viveram outros casos de tentativas de atentados em pleno voo depois dos de 11 de setembro de 2001. Ainda naquele ano, o americano Richard Reid foi declarado culpado de tentar explodir um avião de passageiros por meio da detonação de explosivos escondidos em seus sapatos.No último Natal, agentes federais detiveram o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab na cidade de Detroit. Ele foi acusado de tentar detonar explosivos escondidos em suas roupas íntimas em um avião de passageiros procedente de Amsterdã. EFEg1
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