Caso as  novas regras da  Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) já estivessem  em vigor,  passageiros de cerca de 79.616 voos entre fevereiro de 2009 e o  mesmo  mês deste ano poderiam ter sido beneficiados com as novas regras.  Esse é  o total de decolagens canceladas ou com atraso superior a 1 hora  nesse  intervalo de tempo, segundo levantamento feito pela agência.
O número representa cerca de 9% do total de decolagens programadas nos 67 aeroportos brasileiros no período, entre voos nacionais e internacionais.
O número representa cerca de 9% do total de decolagens programadas nos 67 aeroportos brasileiros no período, entre voos nacionais e internacionais.
Por  causa do grande contingente de  passageiros afetados por problemas desse  tipo, os registros de  reclamações na ANAC também são numerosos. De  janeiro a maio de 2010,  4.035 pessoas procuraram a agência para se  queixar de atraso,  cancelamento ou overbooking em território nacional.
A quantidade de queixas poderia ser   maior. Vários passageiros que transitavam ontem pelos aeroportos de   Cumbica e Congonhas não sabiam da existência da nova resolução - que,   apesar da confusão com a data de início de vigência, já havia sido   anunciada há três meses. Além disso, a maioria desconhecia quais eram   seus direitos antes da mudança nas regras e tampouco sabia a quem   recorrer caso a companhia aérea se recusasse a cumprir as normas.
"Isso deveria ser mais divulgado. Acho   que pouca gente sabe", disse a fisioterapeuta Ana Flávia Rodrigues, que   esperava a hora do embarque em Congonhas, na zona sul de São Paulo, na   tarde de ontem. Apesar de ser vítima constante de atrasos e   cancelamentos de voos, ela mesma afirmou que não sabe o que exigir da   empresa nessas situações. "Talvez seja por isso que elas fazem o que bem   entendem com os passageiros. Ninguém sabe o que cobrar das empresas."
Para o cobrador de ônibus paranaense   Cláudio Lopes, o problema é o mesmo. Lopes estava de mudança para o   Japão e viajaria de avião pela primeira vez. "Não tenho noção do que   fazer (caso seu voo atrasasse). Deveriam informar isso pelos   alto-falantes, pelas televisões que ficam nos aeroportos ou entregando   folhetos. Do jeito que está, só fica sabendo quem vai atrás", reclamou.
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