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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Venda de Refeições à Bordo Avança Timidamente no Brasil. O Que Esperar?

Muitas cias têm reduzido o serviço de bordo alegando que o peso e o espaço ocupado pelas refeições, além dos custos associados a sua confecção dentro dos padrões aeronáuticos e da logística envolvida, tornam o preço das passagens menos competitivos. Quanto mais peso, mais combustível se gasta e quanto menos espaço ocupado pelas “cozinhas” (galleys) dos aviões, mais assentos podem ser instalados. Isso tudo sem falar no custo Brasil…

A opção de algumas foi continuar servindo refeições como uma forma de se diferenciar das demais cias aéreas em termos de serviço. Um exemplo por aqui é a Avianca Brasil que sempre chama a atenção para esse diferencial nas entrevistas dadas à mídia em geral, mas que tem um site horrível e que nada faz para divulgar isso…

Outras optaram por oferecer um serviço mais espartano ou até não oferecer nenhum tipo de serviço incluído. A low cost americana Spirit e a irlandesa Ryanair são exemplos, já que aboliram o serviço de bordo quase por completo. Se você quiser alguma coisa, de bebidas ao amendoim vai ter que recorrer as opções disponíveis para venda. O americano, que já se acostumou a isso, compra alimentos nas lanchonetes dos aeroportos, sendo que alguns tem áreas que podem ser comparadas a praças de alimentação de shoppings pequenos, e faz um verdadeiro piquenique nos vôos mais longos. Um festival de odores de todo tipo de comida nos ares!

Para tentar agradar gregos e troianos, algumas cias aéreas passaram a vender opções de refeições/lanches nas aeronaves.

Refeições podem ser dispensáveis em vôo curtos, mas em um país de grandes dimensões como o Brasil e se tratando de transporte aéreo que requer normalmente longos deslocamentos até os aeroportos e antecedência de chegada, esse item não é assim tão dispensável em uma boa parte dos vôos. A opção de comer no aeroporto no Brasil é limitada pelos preços cobrados pelas suas lanchonetes e restaurantes, normalmente muito acima dos praticados nos centros comerciais dentro das cidades.

Então o que esperar desses menus de venda à bordo?

A Gol foi a pioneira na venda de alimentos a bordo. O seu cardápio atual inclui refrigerantes, sucos, cafés, chás, sanduíches e combinados, além de castanhas, chocolates, batata chips e outras pequenas guloseimas. O cardápio é claro, traz a quantidade contida nas embalagens de alimentos sem um padrão claramente identificável pelo consumidor. Existe também uma opção Kids (pão de forma branco grelhado, queijo cremoso, presunto e queijo prato).

Vale lembrar que o serviço básico baseado em biscoitos e refrigerante em copo não foi abandonado.

A Webjet vai iniciar testes de venda de produtos em breve em apenas uma rota, São Paulo/Salvador. As opções da Webjet incluem sanduíches e combinados, sopa em copo, castanhas, chocolates, batata chips e outras pequenas guloseimas. O cardápio não faz menção a bebidas fora dos combinados e nem traz quantidade contidas nas embalagens de alimentos sem um padrão claramente identificável pelo consumidor. Chama a atenção ainda o fato do sanduíche nomeado como light ser feito com croissant, uma opção bem calórica, e de que os preços estão acima dos praticados na Gol. A opção de chiclete no cardápio também poderia ser abolida para o bem dos estofados e da higiene das aeronaves (os bons usuários pagam pelos maus neste caso).

Tomara que a Webjet venha a fazer ajustes durante essa fase de teste, já que uma empresa que quer ser conhecida com low cost e low fare não pode vender produtos com preços superiores a da concorrência. Preços mais acessíveis seriam inclusive um chamariz para o novo passageiro que trocou o ônibus pelo avião. Não é porque ele paga caro nas paradas do ônibus é que ele tem que pagar também nos ares. Hora de mudar a lógica, até porque o deslocamento até uma grande parte dos aeroportos não é tão barato assim.

Para efeito de comparação vou citar alguns menus de cias aéreas que se autonomeiam low cost e low fares.

A Jetblue, cia aérea na qual a Azul foi inspirada, além de oferecer um menu de bebidas e snacks já incluidos, passou a oferecer recentemente algumas caixas de guloseimas que compostas de formas variadas a fim de atingir públicos diferentes. As combinações podem incluir frutas secas, biscoitos, chips, torradas, salame, dips, até uma combinação de queijos. As caixas são vendidas por 6 USD cada e são feitas para agradar ao público americano.

Na Spirit, o cardápio inclui apenas bebidas alcoólicas e não alcoólicas e alguns poucos snacks do tipo biscoito, batata Pringles, M&M e Cup Noodles. Nada de sanduiches ou algo mais saudável.

Já a alemã Air Berlim, além do seu serviço básico que inclui bebidas e snacks oferece pratos gourmets. Esses pratos são vendidos a partir de 8,50 Euros (Penne com molho de tomate, manjericão e parmesão), mas a maioria custa cerca de 9,90 Euros. Querer ser gourmet nos ares sai caro.

A maior low cost asiática, a Air Asia oferece uma variada gama de opções que inclui bebidas, guloseimas, sanduíches, cachorro quente, pão pizza, pequenos pratos orientais ou combinados, cup noodles e por ai vai. O cardápio é bonito e até dá vontade de provar alguns pratos (a partir de 90 THB ou cerca de 4,90 reais) e tem bons preços. Um modelo a ser copiado. Não há opção de cerveja ou bebidas alcoólicas no cardápio. A cia parece ter decido ganhar em volume e não em preço, já que também aboliu o serviço de bordo incluído no preço da passagem.

A inglesa Ryanair oferece um menu com que inclui cervejas, sanduíches, pizzas, bebidas não alcoólicas e alcoólicas variadas (até champanhe), guloseimas e uma série de snacks e bebidas rotuladas como escolhas saudáveis. Sanduíches podem ser encontrados a partir de 5 euros. Além dos preços (a Ryanair vende a passagem a preços baixos mas cobra tudo o que pode nos extras), pesa contra a Ryanair as constantes reclamações sobre a qualidade das refeições oferecidas.

O que as nossas cias cobram é um preço justo? Está caro ou está barato? Fiz uma pequena tabela comparando os menus.

Eu sempre acho que o poder de compra dos meus suados reais está mais para o do Bath tailandês do que para o Euro como sugere a tabela, mas se for pelo índice Big Mac, eu é que estou subvalorizando meus reais. Se bem que há grandes chances mesmo é do Mc Donalds andar cobrando muito pelo que oferece aqui no Brasil…

Quer saber mais sobre refeições servidas nos ares e a opinião de pessoas como você? Não deixe de visitar o Airlinemeals.net, um site que andou adormecido e que voltou a ativa recentemente.

aquela passagem

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