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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Classe C já responde por 66% dos novos viajantes de avião


Seis a cada dez brasileiros que planejam viajar de avião pela primeira vez nos próximos 12 meses são da classe C (com renda de três a dez salários mínimos). É o que mostra levantamento feito pelo instituto Data Popular com 5 mil consumidores de todo o país durante o primeiro semestre.

O crescimento da participação da nova classe média no setor aéreo deve pressionar ainda mais a infraestrutura aeroportuária, que já enfrenta os desafios impostos pela Copa do Mundo de 2014. "O impacto é muito maior que o de uma Copa", afirma Renato Meirelles, sócio do Data Popular, especializado em baixa renda.

O Ministério do Turismo estima que 600 mil estrangeiros e 3 milhões de brasileiros circularão pelo país durante a competição. Nos próximos 12 meses, 10,7 milhões de pessoas devem fazer sua primeira viagem de avião. Do total, 7 milhões são da classe C e 1,7 milhão da classe D. A projeção indica uma expansão mais rápida do que a dos últimos sete anos, em que o percentual de passageiros da classe C cresceu 29%.

O Brasil ainda tem uma proporção relativamente baixa de passageiros entre os habitantes – equivalente a 20% da média dos mercados maduros, como Estados Unidos e Espanha. Mas, para Juliano Norman, superintendente de Regulação Econômica da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o mercado tem potencial para triplicar em 15 anos, desde que o país supere os gargalos de infraestrutura.

Novos serviços

Apesar da restrição de infraestrutura, as empresas se dedicam a conquistar o novo cliente com mais canais de venda, parcelamento e material didático, após a guerra de tarifas do ano passado. Para Paulo Castello Branco, vice-presidente da TAM, preço e modo de pagamento são decisivos.

A TAM passou a vender bilhetes nas Casas Bahia de São Paulo, parcelados a partir de R$ 20. "Venda presencial é importante. Há um esforço para que as pessoas se sintam à vontade para viajar." Os destinos preferidos são o Nordeste e a América do Sul. Já a Azul negocia com o Magazine Luiza a venda de passagens. A Gol planeja abrir mais lojas do programa de parcelamento Voe Fácil.

"Ainda há um descompasso entre o ritmo de crescimento da classe C e as iniciativas das empresas", diz o consultor do Data Popular. Uma das ideias que as companhias poderiam explorar, segundo ele, é criar vendas de bilhetes aéreos integradas com passagens de empresas rodoviárias.

O passageiro que mora em Feira de Santana (BA), por exemplo, compraria o voo a Salvador já integrado com o ônibus para sua cidade. "O consumidor de baixa renda quer uma solução completa. Como tem menos dinheiro no bolso, é mais exigente."
Folha.com

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