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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Brasil e Europa estudam acordo para aumentar linhas aéreas


De olho no crescimento do mercado brasileiro de aviação civil, companhias nacionais e internacionais não medem esforços para abrir mais voos ligando o país ao exterior. Depois da American Airlines anunciar saídas regulares de Brasília a Miami, foi a vez de a TAM confirmar que irá realizar o mesmo trajeto a partir de 1º de dezembro com quatro frequências semanais. Além disso, o brasileiro que quiser viajar para fora no ano que vem poderá contar com outras rotas para a Europa.

A Comissão Europeia (CE) autorizou os ministros de Transportes do bloco a iniciar as negociações para elaborar um "ambicioso acordo de transporte aéreo com o Brasil". Segundo o órgão executivo, as conversas começam nas próximas semanas e têm como foco a abertura dos mercados para empresas aéreas brasileiras e estrangeiras. "Um acordo de toda a Europa com o Brasil certamente aumentará o número de voos e a gama de serviços, assim como garantirá preços mais competitivos. Também cria outras e significativas oportunidades para a indústria, bem como benefícios para os viajantes", afirmou, em nota, o vice-presidente da CE, Siim Kallas, encarregado da área de transportes do bloco.

Para o vice-conselheiro da seção comercial da UE, Juan Victor Montfort, um eventual acerto entre o Brasil e os membros do bloco europeu vai estimular o setor aéreo nacional. "Aproximadamente 4 milhões de brasileiros voaram para a Europa em 2009. Acreditamos que, assim que esses acordos sejam firmados, possa haver um aumento de 330 mil passageiros só no primeiro ano", disse ao Correio. As negociações se concentram na convergência dos regulamentos em áreas como segurança, aspectos ambientais e proteção ao consumidor.

Potencial
A realização de importantes eventos turísticos nos próximos anos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, reforça ainda mais a importância de o país abrir as portas para um número cada vez maior de nações. "O mercado brasileiro de aviação cresceu 20% nos últimos cinco anos. Ou seja, há um grande potencial que pode ser ainda mais explorado, gerando novas ofertas de destinos e estimulando o turismo e a realização de negócios nos países envolvidos", acrescentou Montfort. Das 27 nações que compõem a União Europeia, 13 ainda não têm acordos bilaterais com o Brasil.

"O país tem se mostrado cada vez mais importante para a União Europeia. Atualmente, é o nosso 10º sócio comercial em todo o mundo e o primeiro na América Latina, sendo a principal porta de entrada para a região", declarou o vice-conselheiro da UE. Sobre a possibilidade de as companhias estrangeiras realizarem voos domésticos no país, acirrando a concorrência com TAM e Gol, Montfort foi cauteloso. "Tudo depende do que será acertado nas negociações."

Segundo estudo da CE, um acordo desse porte poderia proporcionar uma economia de até 460 milhões de euros (R$ 1 bilhão) por ano para os passageiros. "A maior competição entre as companhias aéreas certamente vai gerar uma redução significativa nos preços das tarifas", explicou. Para Montfort, a conclusão das negociações pode ser uma oportunidade de sanar os problemas do setor, que assombram os usuários. "Com mais empresas operando, a concorrência vai aumentar, assim como a qualidade do serviço prestado pelas companhias. Mas é claro que as autoridades brasileiras devem fazer sua parte e começar a investir na infraestrutura aeroportuária."
correio braziliense

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