Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo (Foto: Arquivo/Lawrence Bodnar/G1)
Procurada nesta sexta-feira (10), a Prefeitura de São Paulo não se manifestou. Um dos objetivo de retirar os aviões do local seria a implementação do projeto Arco do Futuro, que visa desenvolver a cidade em regiões distantes do centro. Em seu plano de governo, o prefeito Fernando Haddad (PT) citou o Campo de Marte quando abordou o tema de "estímulo ao uso habitacional em projetos estratégicos de desenvolvimento urbano". Já afirmava que aeroporto poderia ser objeto de intervenção.
Decisões sobre mudanças no funcionamento dos aeroportos estão sujeitas à Secretaria de Aviação Civil, da Presidência da República. A secretaria, procurada nesta sexta-feira, tampouco se manifestou sobre o tema.
O tamanho total do Campo de Marte é 2 milhões de m².
Área sob disputa
A área do aeroporto é uma disputa judicial antiga entre a Prefeitura de São Paulo e a União. O caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, em 2011, decidiu que o terreno pertence à prefeitura. A União recorreu, e o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal.
O ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) chegou a anunciar um projeto para a área prevendo o uso da Avenida Olavo Fontoura e de parte do Campo de Marte para a ampliação do Parque Anhembi. Tudo isso mantendo o funcionamento da pista de voo. A gestão Fernando Haddad não informou nesta sexta-feira qual a destinação exata que pretende dar para a área.
O Campo de Marte é o quinto aeroporto brasileiro em número de operações e funciona exclusivamente para a aviação geral, executiva, táxi aéreo e escolas de pilotagem como o Aeroclube de São Paulo. Lá se encontra baseado também todo o grupamento aéreo da PM e da Polícia Civil.
g1
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