Um professor universitário foi impedido de embarcar em um avião neste sábado (21) por não ter comunicado que era cadeirante na compra da passagem.
O voo era da KLM, companhia aérea associada à Air France, uma das maiores da Europa. Procurados neste domingo (22), representantes das empresas não foram localizados para se manifestar sobre o caso.
Wilton Azevedo, 57, é professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie e estava indo para a França a convite, para dar uma palestra na Biblioteca Nacional da França na próxima terça-feira (24).
Segundo Azevedo, a passagem foi comprada pelos organizadores franceses do evento, que não indicaram que ele era cadeirante. Ao chegar ao balcão de check-in, o professor foi avisado que não poderia embarcar.
"Disseram que a minha cadeira era considerada um acessório de risco e que precisaria passar por uma vistoria, mas que não havia um funcionário ali para fazer isso", conta.
No site da KLM, a empresa diz que se reserva o direito de só transportar cadeiras de rodas elétricas como as de Azevedo caso isso "seja
solicitado com antecedência de no mínimo 48 horas e a aeronave tenha espaço disponível suficiente."
"O que mais me deixou indignado foi o balconista me dizer 'olha, o problema não é você, é a sua cadeira'. É como se dissessem para um cardíaco: 'o problema não é você, é o seu marca-passo'", diz Azevedo.
Ele afirma que estava acompanhado da mulher e da filha de 9 anos e que se sentiu "humilhado" com o tratamento dos funcionários da companhia.
A versão da KLM será incluída neste texto assim que houver manifestação.
folha de são paulo
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